Enviada em: 26/07/2019

A Constituição cidadã de 1988 prevê em seu artigo 225 que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida. No entanto, tal prerrogativa legal não é efetivada com ênfase na prática, tendo em vista que, o consumo demasiado de bens e serviços leva a exploração excessiva dos recursos naturais e interfere nos ciclos biológicos do planeta. Nesse sentido, é importante analisar o consumo desenfreado que gera o aumento de lixo na sociedade brasileira, a fim de promover propostas eficazes que amenizem o problema.   Primordialmente, cabe considerar que a revolução industrial apesar de importante para o avanço tecnológico, impulsionou o consumo demasiado e o aumento da quantidade de lixo. Isso se dá na medida em que as indústrias bombardeiam a sociedades todos os dias com novidades que visam '' facilitar'' o dia a dia das pessoas, por exemplo, celulares com desbloqueio digital e carros aparentemente mais confortáveis que os anteriores, e em consequência disso, a população adquire os produtos não necessariamente por necessidade, mas sim, para não ficar de fora do padrão atual que movimenta o mercado financeiro e prejudica o meio ambiente.   É importante mencionar ainda, que a consequência desse consumo desenfreado é o aumento da quantidade de lixo e desequilíbrio ecológico. De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais ( ABRELPE), a geração de lixo no Brasil avançou cinco vezes mais em relação ao crescimento populacional de 2010 a 2014. Somados a isso, a ineficácia do acesso a tratamento e destinação dos resíduos sólidos maximizam a degradação do meio, o que deixa claro a urgência de políticas públicas eficazes para amenizar o problema.   Portanto, é mister que o estado tome providencias para superar o quadro atual. Para a conscientização da população a respeito do problema, urge, que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nos meios de comunicação que enfatizem a importância do consumo consciente, alertando sobre os prejuízos sofridos pelo ambiente e que esse dano também atinge a sociedade. É papel do governo ainda, minimizar o numero de lixões e no lugar deles construir centros eficazes de tratamento de lixo, sobretudo, de reciclagem. Somente assim será possível atenuar o consumismo e o lixo, aumentar a expectativa de vida da população e promover o bem estar social.