Enviada em: 03/08/2019

No século XX, houve o aumento do consumo provocado pelo avanço do capitalismo e busca de mercado consumidor. Com isso, criou-se uma necessidade de consumo global que resultou em uma maior exploração dos recursos naturais e aumento da produção do lixo no mundo. Nesse contexto, cabe analisar as consequências do excesso de consumo e a ausência de incentivo à coleta seletiva no Brasil.       Inicialmente, é importante reconhecer que há um consumo em excesso, devido à falta de informação e senso crítico dos cidadãos que não diferenciam o necessário à vida cotidiana de algo que é apenas artigo de luxo para acabar com as frustrações cotidianas. Por consequência, os recursos naturais são explorados cada vez mais, além do aumento no desperdício e descarte dos produtos consumidos. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a produção de lixo no mundo deve aumentar de 1,3 para 2,2 bilhões de toneladas até 2025.       Além disso, é cabível enfatizar a ausência de incentivo à coleta seletiva no Brasil, visto que a Política de Resíduos Sólidos não é prioridade de governo. Como consequência, ainda permanece no país cerca de 3 mil lixões, apesar da Lei de 2010 que estabeleceu um prazo de 4 anos para erradicação dos lixões no território. Além disso, a população não se sente responsável pelo lixo que produz, deixando o compromisso para o Estado e culpabilizando o mesmo pelos problemas gerados.       Portanto, o excesso de consumo e a ausência de incentivo à coleta seletiva fazem parte dos entraves entre o lixo e a sociedade de consumo.  Faz-se necessário, que a mídia realize campanhas publicitárias para alertar a sociedade sobre os problemas ambientais gerados pelo desperdício excessivo, além de incentivar um consumo consciente. Aliado a isso, é necessário que haja incentivo do governo através de concessão de descontos dobre impostos a fim de estimular a coleta seletiva na sociedade por meios financeiros.