Enviada em: 14/08/2019

No século xx, o governo de Getúlio Vargas fomentou na industrialização progressiva, e com isso no aumento do consumo.Hoje, apesar dos avanços sustentáveis o consumismo desenfreado só aumentou. De acordo com o Instituo Akatu, 76% dos brasileiros não praticam a sustentabilidade, desta forma a produção de lixo torna-se imensurável causando danos à natureza. Nesse sentido, a falta de consciência ambiental atrelado ao descarte incorreto dos resíduos são desafios a serem superados.   A princípio, ressalta-se o sistema capitalista como impulsionador do consumismo, já que esse modelo econômico é voltado á lucratividade que tem seu objetivo alcançado mediantes às compras excessivas, o que gera negligência no aumento da produção de lixo. Isso é motivado pela falta de criticidade do indivíduo no qual em meio ás propagandas alienadoras acaba adotando comportamentos compulsivos. Nessa perspectiva, segundo o filósofo Platão " o indivíduo precisa ser dotado de senso crítico", para que suas escolhas sejam embasadas sob um viés racional. Dessa maneira, esse pensamento comprova a relação entre o capitalismo e o consumo, já que conforme o G1, o Brasil é quarto país que mais produz resíduos sólidos no mundo.   Outrossim, é inegável que o descumprimento da lei é agente determinante dessa problemática, haja vista que o descarte incorreto do lixo corrobora com a poluição ambiental, bem como na proliferação de insetos transmissores de doenças. Assim, em 2010 foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, no qual tinha por objetivo extinguir todos os lixões até 2014. Mas de acordo com o Jornal Nacional, o Brasil ainda possui mais 3 mil lixões e cerca de 66% dos municípios não possuem aterro sanitário definitivo. Tal fato ocorre porque conforme Thomas Hobbes "pacto sem espadas são palavras sem força", ou seja é primordial à fiscalização e à punição das ilegalidades vigentes para que as normas sejam efetivadas, algo que ainda não ocorre no panorama brasileiro.   Infere-se, portanto, à necessidade de engajamento social para reverter essa situação. Para isso, cabe ao Ministério da Educação promover propagandas publicitárias e debates nas escolas a fim de despertar o senso crítico da sociedade, bem como nos princípios do consumo consciente. Ainda,é imperioso que o mesmo possa levar esse tema como disciplina transversal com o intuito de educar a cerca dos cuidados com a natureza, assim como nas obrigações. Também, é primordial que o Poder Legislativo por meio de emenda constitucional vigore a fiscalização e punição nas prefeituras inadimplentes, e partir disso sustentar a coerção. Ademais, é mister que a mídia promova campanhas sustentáveis a fim de desmitificar o consumismo. A articulação dessa pluralidade é imprescindível para que se tenha mudanças significativas.