Enviada em: 17/02/2019

Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves, são alguns dos escritores do século XIX, que corroboraram com a construção de um ideal de nação brasileira. No entanto, na atual conjuntura vivenciada pelo país, tornou-se necessário debater a respeito do tema, haja vista o descaso com o qual o manifesto literário vem sendo abordado.   Deve-se pontuar, de início, que a literatura foi a primeira forma de manifestação da identidade do Brasil. Convém perceber, dessa maneira que, seu papel vai muito além do simples entretenimento, valorizar a literatura é também preservar as matrizes históricas do país. Além disso, o hábito da leitura é capaz de proporcionar o desenvolvimento de diversas habilidades, entre elas o raciocínio lógico e o domínio da norma culta da linguagem.    Vale ressaltar, também, que além de importante manifestação nacional, a literatura pode ser utilizada como forma de aproximação das diferenças. Cabe considerar, ainda que, em um país tão miscigenado como o Brasil, o acesso igualitário a tais expressões artísticas e culturais, funcionam como uma especie de "laço", unindo diversas etnias e credos, de maneira a possibilitar uma minimização das disparidades, bem como o desenvolvimento intelectual de todos os estratos sociais.   É evidente, portanto, que a literatura funciona, não só como manifesto identitário, mas também como forma de agregar os cidadãos. Desse modo, mudanças fazem-se necessárias na mentalidade do brasileiro. Para tanto, é preciso que o Ministério da educação implante nas escolas programas de leitura colaborativa, em que os alunos possam se reunir e debater acerca do tema lido. Dessa maneira, o gosto pela leitura pode ser desenvolvido desde a infância e perpetuado na fase adulta do indivíduo. Como já foi dito por Immanuel Kant, o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.