Enviada em: 28/04/2017

Orgulho Machadiano    Brás Cubas, o autor-defunto de Machado de Assis, diz em suas "Memórias Póstumas" que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura dos brasileiros frente a valorização da literatura na construção de identidade cultural e intelectual dos indivíduos. No entanto, esse recurso ainda não é enfatizado no país.     Embora estimule a tomada de decisões pessoais e profissionais, o hábito de leitura incentiva o desenvolvimento do senso crítico.  Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, o acesso a cultura é direito de todos, pois atua na formação de valores e princípios dos cidadãos.       É cada vez mais comum o descaso com a leitura e análises textuais nas escolas. A maioria da população sente-se persuadido a estudar por obrigação da família ou realização financeira e não pelo fato de obter prazer em adquirir conhecimento. Prova disso é a discrepância de proporcionalidade no ensino entre gramática e literatura.          Evidencia-se, portanto, que a literatura ainda é um recurso escasso na formação de identidade nacional. Sendo assim, o Ministério da Educação e Cultura em parceria com os pais e professores devem incentivar o progresso e a satisfação ela leitura desde a infância, aderindo aos livros paradidáticos na grade curricular. Ademais, as mídias de entretenimento podem influenciar mostrando situações de leitura na residências para jovens e adultos. Dessa forma, formaremos cidadãos, de fato, conscientes e um legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar.