Enviada em: 25/10/2018

Segundo Aristóteles, “a política é a ciência para garantir a felicidade dos cidadãos”, a qual deve atuar na interação da sociedade e visar ao bem comum. Contudo, esta conduta necessita de ética e comprometimento para não acometer negligencia aos direitos garantidos a população. Nesse aspecto, as Organizações Não Governamentais (ONGs) convertem seus esforços em benefícios para a população, assim como a incorporação dos gargalos não solucionados pelo estado.    É indubitável, que os problemas sociais perseguem as sociedades, principalmente, as atuais, devido à influência dos meios de produção na cultura. Diante disso, conforme o sociólogo Karl Marx, “A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”, logo, destaca-se pela busca incansável da efetivação da justiça e conquista de direitos. Nessa perspectiva, as ONGs participam em paralelo com o objetivo do estado nas políticas públicas e evidencia questões: ambientais, educacionais, da saúde, de segurança e culturais. Por esses motivos, as entidades do terceiro setor, sem fins lucrativos, necessitam da valorização da população, bem como o apoio de verbas governamentais para o êxito das suas causas.     Concomitantemente a isso, a postura individualista gerada pela ausência de compromisso social, agrava o panorama da coletividade. Sob essa ótica, o conceito de Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman, “as relações transformam-se, tornam-se voláteis na medida em que os parâmetros concretos de “classificação” dissolvem-se”, trata-se da individualização do mundo. Nesse sentido, a lógica capitalista subverteu o sentimento empático, o que causou, por consequência, menos afetos nas relações sociais. Contudo, as ONGs e o estado compartilham finalidades em comum, o que faz dessa parceira, uma alternativa viável para a sociedade. Desse modo, faz-se por imprescindível a continuidade das relações e a provisão de recursos para as entidades.     Evidencia-se, portanto, a imprescindibilidade da continuação do trabalho fundamental das ONGs. Logo, o Governo Federal necessita diminuir a burocracia do repasse de verbas, com a criação do Sistema Integrado de Institutos Aliados, para o cadastramento das organizações, suas funções, planos de atuação e informações pertinentes. Igualmente, o estado necessita ampliar os valores dos repasses para o desenvolvimento da estrutura dessas instituições como: criação de sites, melhorias na comunicação, construção de estruturas físicas e contratação de profissionais. Em suma, o fortalecimento do terceiro setor demonstrará um aumento do comprometimento da cidadania e formará indivíduos conscientes de seus direitos e responsabilidades.