Segundo Simone Beauvoir, o sexo não determina a eficiência profissional e social. É diante desse contexto que discussões a respeito do envolvimento de mulheres na área empreendedora são levantadas, um vez que tais atividades têm desconstruído a visão feminina de “sexo frágil”. Todavia, apesar do empreendedorismo feminino ser um avanço para igualdade de gênero, a persistência da visão estereotipada da mulher ainda é empecilho. Sendo assim, à medida que mulheres conquistam a área dos negócios, também buscam superar os preconceitos sociais vigentes. Primeiramente, o campo dos negócios é um importante aliado contra os preconceitos femininos. De acordo com uma pesquisa do Sebrae -Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-, mais da metade das negociações firmadas em 2016 envolveram mulheres. Nesse contexto, a inserção feminina no empreendedorismo equipara a atuação da mulher à atuação do homem no mercado de trabalho. Sendo assim, desconstroem-se valores de gênero, já que se intensifica a ação de mulher em setores de dominância masculina. Em segunda instância, da mesma forma que mulheres buscam inserirem-se no setor dos negócios, também enfrentam empecilhos para se manterem nessa área. Evidentemente, a dificuldade do empreendedorismo feminino advém dos paradigmas preestabelecido socialmente. De acordo com Foucault, os corpos são moldados por valores difíceis de serem quebrados. Analogamente ao exposto,os padrões vigentes são obstáculos para administração feminina, sendo que há ausência de auxílio para mulheres empreenderem graças a questões de gênero. Em suma, evidencia-se que para o desenvolvimento pleno do empreendedorismo feminino, é necessário quebrar paradigmas preconceituosos. Nesse contexto, cabe ao Governo Federal, aliado ao Ministério da Mulher, criar o projeto “Mulher Empreendedora”. Nele, deve haver, por meio de financiamentos, o investimento na rede de administração feminina, além de, com ajuda da Sebrae -Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-, divulgar a atividade feminina no campo das negociações. Portanto, com finalidade de oferecer suporte econômico e social às mulheres. Com essas diretrizes, desconstruir a distinção profissional por gênero,conforme a visão de Simone Beauvoir.