Enviada em: 08/07/2019

A participação da mulher no mercado de trabalho, iniciada durante as Guerras Mundiais, possibilitou o aumento da inclusão, porém continuam abaixo dos homens em posição de cargo e no valor de salários, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Sua inserção no empreendedorismo possibilita o aumento na renda familiar, maior independência financeira feminina, a possibilidade de maior poder de compra; gerando o aumento na economia do país e, devido à esses fatos, deve ser incentivada.    Convém analisar, primordialmente, a desigualdade entre gêneros no mercado de trabalho. Apesar de no Brasil, por exemplo, as mulheres somarem a maioria da população, atingindo 51,03%, no trabalho formal são apenas 44%, mostra os dados do Ministério do Trabalho. A partir disso, pode-se dizer que muitas delas ainda dependem do dinheiro de outras pessoas, comumente do marido. Um dos fatores que as levam à permanecer em um relacionamento abusivo é a faltas de recursos para se sustentarem sozinhas, diz o professor e pesquisador Daniel G. Saunders. Considerando esse fato, investir na mão de obra feminina é garantir maior segurança e qualidade de vida.   Ademais, a diferença salarial entre homens e mulheres deve ser considerada. Estima-se que elas ganham 76,5% do mesmo valor referente ao salário dos homens, mesmo com nível educacional mais alto, a situação se agrava quando considerada a porcentagem de mulheres negras, aponta pesquisa do IBGE. Diminuindo, assim, as chances de mulheres se sustentarem sozinhas, a possibilidade de ascensão da população negra e aumenta sua constante marginalização. O fato é explicado pela diferença existente entre os gêneros que mais ocupam cargos de alto escalão das empresas. Ainda segundo o IBGE, as mulheres ocupam apenas 39% dos cargos de principais funções de uma companhia, situação ocasionada pelo machismo enraizado na sociedade, em que confiam mais nas habilidades de um homem. Além de aumentar a desigualdade, impulsiona a falta de representatividade feminina e com isso diminui as chances de esses dados mudarem, ocasionando a falta do reconhecimento do trabalho feminino e menor incentivo às mulheres.    É seguro afirmar, portanto, que o incentivo à contratação de mulheres trás benefícios para a sociedade como um todo e às mulheres individualmente. Nesse viés, é necessário que o governo, por meio dos três poderes, promova ações afirmativas que incluam mais mulheres no mercado de trabalho, como leis que exijam uma porcentagem mais igualitária de cargos e salários entre os gêneros. Também é fundamental que a mídia em conjunto com mulheres ativistas divulguem o trabalho feminino em áreas que é mais comum dar maior gratificação à homens, como na ciência ou habilidade em chefiar grandes negócios. Construindo, assim, uma sociedade mais inclusiva e segura para mulheres.