Enviada em: 09/07/2019

Empreender, no Brasil, é um desafio, considerando a atual conjuntura do país. A mulher, nesse cenário, tem fundamental importância, haja vista avanços acadêmicos e a crescente notoriedade do grupo. Não obstante, há mazelas a serem superadas para que a classe feminina colabore em maior proporção com o desenvolvimento do país.    Primeiramente, destaca-se o fato das mulheres serem a maioria no mundo dos negócios, o empreendedorismo delas superou 2,8% o dos homens, conforme estudo de 2016 da Global Entrepreneurship Monitor. Entretanto, o machismo ainda é um empecilho, pois dissemina a ideia de mulher como sexo frágil e de inteligência inferior à do homem, o que não condiz com a liderança e o estrategismo necessários nas negociações.      Nesse cenário, tem-se o filme brasileiro "De Pernas pro Ar", no qual Alice (Ingrid Guimarães) lidera um negócio de Sexy Shop e enfrenta desafios constantes para se impor no meio empresarial, como apresentar seus produtos sem que o imaginário masculino denegrida a imagem da empresária. Pensamentos como este são defasados e inconsistentes, conforme se comprova no estudo citado.     Concomitante, conquistas históricas, como o direito ao voto, e movimentos feministas evidenciam o potencial dessas "amazonas" e inspiram meninas e adolescentes brasileiras a fazerem a diferença no mercado do país. Nesse sentido, mulheres são a maioria no ensino superior, de acordo com o Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (INEP). Fato de fundamental significância para a nação, que terá maior potencial de qualificadas possíveis empresárias que fortalecerão a economia pátria.     Logo, o Estado precisa implantar políticas educacionais que objetivem a igualdade entre gêneros no empreendedorismo. Para tanto, deve tornar obrigatória na educação básica e superior, disciplina voltada para o respeito entre os gêneros nos negócios, de modo que viabilize isonômicas oportunidades no meio empresarial. Assim, as mulheres contribuirão de modo mais abrangente no desenvolvimento do Brasil.