Em diversos momentos da história, o poder da mídia foi exercido sobre a população. Na Alemanha nazista, a publicidade do governo de Hitler era voltada para manipular os alemães com o antissemitismo, assim como na Era Vargas, a Voz do Brasil mostrava para o povo brasileiro os feitos de Getúlio. Seja através do rádio, da televisão e da internet, o poder de manipulação das mídias é real e é dever do cidadão desenvolver uma consciência crítica acerca do mundo em que vive. Um dito popular muito conhecido diz que a história sempre tem dois lados. Partindo desse pressuposto, era natural que qualquer pessoa refletisse acerca da sua realidade, a partir de diferentes visões. No entanto, as estratégias de manipulação da mídia são muito sutis e isso acarreta em cenas como um cavaleiro cuidando de sua boiada, ou seja, todos seguindo uma mesma direção e, assim, contrariando as duas versões da história. A solução desse problema deve-se dar através da educação primária, na qual haja uma maior valorização da consciência crítica, ensinada por meio de aulas sobre o poder de manipulação das mídias e suas consequências, com auxílio de sociólogos e jornalistas, para que desde cedo seja despertada a consciência do indivíduo. O filme O show de Truman, estrelado pelo ator Jim Carrey, retrata muito bem a vida de um homem que vive alheio à sua vida real. Nesse cenário, apesar de se tratar de uma obra de ficção, existem motivos semelhantes na realidade atual para acontecer tal situação, como o fato de a mídia lucrar sobre a manipulação. Uma vez que o poder domina uma grande quantidade de pessoas e existe lucro, os cidadãos vão continuar vivendo como o Truman do início do filme, feliz e sem ter noção do que o cerca. Para que o despertar de Truman aconteça também fora das telas, é necessário que o governo federal, junto à União, com suporte financeiro, publiquem outdoors, divulguem em rádio, televisão, no canal aberto, propagandas que incentivem a população a criticar o mundo que as cerca, através de estudantes de sociologia, publicidade e jornalismo, com o intuito de levar conhecimento e curiosidade para a população. Urge, portanto, que a sociedade civil organizada e o poder público se aliem para transformar a realidade, através de rodas de conversa, como a conferência Fronteiras do Pensamento e similares, com temas que envolvam a discussão com pessoas de visões diferentes, como por exemplo, através de escritores, cientistas e filósofos, espalhadas por regiões centrais e disponíveis nas redes sociais para atrair maior público. A partir de tudo isso, será possível assegurar uma consciência crítica reduzindo assim o poder de manipulação das mídias.