Enviada em: 05/11/2018

A Constituição Brasileira de 1988 garante a todos os cidadãos o direito a informação e o uso da internet para tal. No entanto, a falta de educação virtual tem feito com que as decisões tomadas perante as telas sejam manipuladas. Isso se evidencia não só no aumento desenfreado do consumo, como também na crescente divulgação de notícias que geram curtidas e compartilhamentos, independente da sua veracidade.       Em primeira instância, é importante ressaltar o consumismo exacerbado da população em consonância com o uso da internet. Prova disso são os altos números de publicidades e propagandas em redes de computadores que não visam as necessidades do indivíduo, mas as novidades e os seus desejos. Por conseguinte, o tecido social se torna manipulado e incapaz de decidir de forma racional. De acordo com Jean Piaget, educar é criar mentes capazes de criticar, e não aceitar tudo que a elas é imposto. Nesse sentido, verifica a negligência no setor educacional em ensinar os malefícios e benefícios do uso das redes virtuais.        Outrossim, vale ainda ressaltar a falta de comprometimento em relação a tecnologia e o indivíduo no compartilhamento de notícias. Costumeiramente, inverdades são postadas e compartilhadas com a finalidade de receber várias visualizações e, infelizmente não há critérios para analisar a veracidade. Essas atitudes visam a autopromoção e maior número de curtidas que serão facilitadas pela internet consoante a manipulação do comportamento da sociedade. Exemplo disso, foi o fato ocorrido em Guarujá, São Paulo, segundo o jornal O Globo, uma publicação com o objetivo de ser a mais compartilhada, divulga falsamente a imagem de uma mulher que fazia magia negra com criança. Por consequência da divulgação a cidadão foi espancada até a morte. Logo é notória a necessidade de usar o senso crítico perante, ademais preocupar em não ser alienado pelas redes.        Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas para dirimir a influência das grandes mídias no comportamento dos cidadãos. Cabe ao Ministério de Educação incluir no currículo escolar disciplinas que visam melhoram o senso crítico dos alunos e os informar por meio de palestras e discussões em salas de aula os perigos que o mau uso da internet pode trazer, assim a geração futura não terá os mesmos problemas que a atual. Por fim, a própria mídia pode com campanhas publicitárias alertar a população a respeito do controle de massa e o cuidado para não se tornar alienado e disseminar erros e inverdades.