Enviada em: 02/11/2017

Theodor Adorno e Max horkheimer, filósofos contemporâneos, criaram o conceito de Indústria cultural, pela qual criticam a manipulação midiática em que a sociedade atual vive. É evidente que a mídia tem ganhado espaço no tecido social, haja vista que somos bombardeados todos os dias com informações, sejam elas de carácter positivo ou negativo. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão os desafios enfrentados, hoje, no que se refere à manipulação midiática, principalmente em relação a criação de padrões sociais e o consumismo desenfreado.         No que se refere à problemática em questão, pode-se tornar como primeiro ponto a ser ressaltado a criação de padrões sociais criados pela mídia. Indubitavelmente, esse padrão social descrito pela mídia faz com que a sociedade desenvolva um pensamento de que existem certos padrões a serem seguidos. Tal manipulação só é possível, pois vivemos em uma sociedade, em especial o Brasil, que não possibilita ao cidadão uma educação reflexiva. É notório que o modelo escolar brasileiro privilegia um processo didático metódico que impede a evolução do pensamento crítico. Isso resulta em uma sociedade alienada que está a deriva sem o direito de intervir socialmente e criar o seu próprio modo de vida, sem que seja manipulada pela mídia.     O consumismo desenfreado se mostra como fator relevante no que concerne ao poder da manipulação midiática. Para exemplificar, tomamos como base o consumo de álcool, no Brasil, que segundo o Jornal Estadão, em 2016, o consumo de álcool per capita no Brasil chegou a 8,9 litros superando a média internacional de 6,4 por pessoa. Desse modo, é óbvio que o aumento desse consumo tem sido fruto de propagandas que utilizam da função conativa em seus anúncios publicitários, para persuadir o público alvo a consumirem o produto anunciado. Sendo assim, esse carácter consumista atual pode apresentar a sociedade aspectos negativos como o aumento no número de doenças relacionadas principalmente com a obesidade.       Diante dos fatos mencionados, são necessárias medidas concretas para atenuar essa problemática. É imperioso, nesse sentido, uma postura ativa do Ministério da Educação em relação à possibilidade do aluno desenvolver um pensamento crítico, por meio de ampliações em disciplinas como filosofia e sociologia possibilitando o enriquecimento intelectual do cidadão. Ademais, o Governo Federal deve criar leis que fiscalizem os conteúdos abordados nas redes de comunicações, banindo conteúdos que apresentam em sua composição aspectos de persuasão excessivos, com a finalidade de atenuar o consumismo exagerado. Somente assim poderemos construir uma sociedade livre da manipulação midiática.