Enviada em: 27/04/2018

Progresso?       As revoluções pela independência das antigas colônias que ocorreram ao longo de todo o século XIX, tiveram como pauta, em sua maioria, a isonomia de direitos e o desenvolvimento nacional. Porém, no Brasil a busco por desenvolvimento na perspectiva capitalista teve como ônus a ampliação da desigualdade econômica, que contribuiu para o reaparecimento de doenças consideradas erradicadas no país, apesar dos esforços imunizadores do Ministério da Saúde.       Em primeiro lugar, durante o chamado "milagre econômico" vivenciado durante o governo militar, Delfim Neto afirmou que primeiro era necessário fazer o bolo econômico crescer para então reparti-lo. Contudo, a consequência dessa política é a pirâmide de renda no Brasil, em que a maioria é pobre e exposta a péssimas condições sanitárias, que aliada a baixa escolaridade, contribui para que patologias ressurjam e desencadeiem epidemias. Como exemplo, é possível citar o surto de febre amarela ocorrido entre o final de 2016 e metade de 2017.       Entretanto, apesar da obvia problemática que o reaparecimento de doenças tidas como erradicadas representa, certos fatores impedem a resolução desse impasse. Haja visto que, o trabalho de inteligência realizado pelo Ministério da Saúde para a prevenção contra essas doenças, não obstante de referência mundial, enfrenta as barreiras da proporção continental do território, que é o 6° maior do mundo, as péssimas condições de saneamento de parte da população e a baixa escolaridade da mesma, que dificulta que compreendam e participem das campanhas.        Enfim, para que o reaparecimento dessas patologias deixe de ser um ônus do desenvolvimento almejado pela independência, medidas devem ser tomadas. Portanto, o Ministério das Cidades deve desenvolver ações, por meio de um fundo orçamentário disponibilizado pelo Governo Federal, que visem a ampliação da rede de esgotos, no intuito de melhorar as condições sanitárias da população mais pobre. Além disso, o Ministério da Educação deve incluir na disciplina de ciências, apartir do 6° ano do ensino fundamental, conteúdos que expliquem a importância de seguir as orientações do Ministério da Saúde, a fim de desenvolver a compreensão da população sobre o tema a longo prazo.