Enviada em: 11/05/2018

Negligência desnecessária      Na idade Média, século XIV, a população européia foi dizimada pela Peste Negra, doença decorrente do desleixo e falta de saneamento básico. Mas, com o passar do tempo, foram criadas vacinas e antibióticos para combater esses males, que acabaram, beneficamente, controlando muitas doenças que eram fatais, como a tuberculose, a malária e a sífiles. Todavia, é inegável que muitas dessas têm retornado e assolado a população.         O reaparecimento dessas doenças pode ter causa social e econômica. Isso é correto afirmar pois um fator determinante para a proliferação desse problema é a grande disparidade entre classes. Certamente, pode-se dizer que algumas áreas e pessoas são mais privilegiadas na questão infraestrutura e saneamento básico, abrindo oportunidades, em locais mais carentes, para a reaparição de enfermidades, agravadas pelo desleixo governamental.         Além disso, outro fator é a dificuldade das campanhas de vacinação alcançarem todas as camadas sociais. Isso faz com que muitas crianças e adultos percam o prazo gratuito dessas, e fiquem expostos a doenças perigosas. Além do que, as classe mais prejudicadas ainda sofrem com grande dificuldade do Sistema Único de Saúde (SUS), que, muitas vezes, não atende da melhor maneira o paciente necessitado, que não tem condições de financiar um plano de saúde e arcar com elevados preços em medicamentos.        Ademais, outra causa desse reaparecimento pode ter raízes ambientais. Isso ocorre pois com o desmatamento, queimadas e construções de hidrelétricas, por exemplo, muitas represas são alagadas, florestas destruídas e espécias predadoras dizimadas. Consequentemente, muitos nichos ecológicos  e cadeias são afetadas e há a proliferação de espécies portadoras de protozoários, vírus e bactérias, como é o caso da malária e da febre amarela, que haviam sido erradicadas e hoje retornam à agonizar a população.         Portanto, a fim de retornar ao ápice da erradicação é essencial o apoio do governo e da mídia. O primeiro deveria melhorar as condições da vida cotidiana, com investimentos em todas as regiões e nos hospitais públicos para atender igualitariamente toda a população. Outrossim, esse deve policiar-se e fiscalizar obras ambientais, para não desregular o ciclo da natureza. O segundo deveria através de campanhas, fortificar os prazos de vacinação gratuita e incentivá- las, para todos terem acesso e se prevenirem. Com isso seria possível um melhor atendimento ao cidadão, e o fim do retrocesso da extinção de doenças.