Enviada em: 06/05/2018

Os brasileiros se mostraram resistentes à aplicação da vacina contra a varíola no episódio qu ficou conhecido como Revolta da Vacina. Habitantes do Rio de Janeiro, em 1904, se recusaram a receber a visita dos agentes públicos responsáveis por administrar o antiviral. Analogamente, essa objeção ao consumo de determinados medicamentos ainda persiste no país. As consequências dessa atitudes são negativas. Doenças que já haviam sido aniquiladas estão voltando a contagiar inúmeras pessoas. O reaparecimento de patologias anteriormente erradicadas do Brasil está diretamente relacionado com o aumento do movimento contrário à vacinação e com as condições econômicas da sociedade.        São variadas as explicações para o ressurgimento de certas enfermidades no país, porém uma merece destaque. O crescimento do movimento antivacinação é preocupante, pois ele boicota o combate de várias doenças que podem ser facilmente evitadas. Um surto de sarampo, por exemplo, aconteceu em 2015, no Ceará. De janeiro a junho, foram registrados 161 casos da doença. O acontecimento é consequência da rejeição dos pais de levarem suas crianças aos postos de saúde para tomarem os imunizadores da moléstia. Infelizmente, o retorno de patologias como a mencionada, como a tuberculose e como as meningites estão ocorrendo graças à abstenção dos brasileiros em se protegerem por meio do uso de vacinas.       Outrossim, existe outra justificativa capaz de explicar a volta de determinadas doenças. O assimétrico desenvolvimento econômico da população brasileira favorece o reaparecimento de viroses e bacterioses, já que a desigualdade social é um dos fatores responsáveis por tal acontecimento. As campanhas de vacinação, a título de exemplo, são veiculadas nas propagandas de televisão e de rádio. Porém milhares de indivíduos de baixa renda não possuem acesso a esses meios de comunicação e acabam desinformados sobre como, quando, onde e porquê se medicarem e se prevenirem. O falho alcance dos incentivos à utilização de medicamentos, compostos por patogênicos atenuados ou mortos,  faz com que enfermidades antes erradicadas retornem a contaminar milhares de  pessoas no Brasil.        Portanto, o reaparecimento de doenças previamente eliminadas do Brasil é resultado do avanço do movimento antivacinação e da situação econômica da população do país. Para impedir a continuidade de tal fato o Ministério da Educação pode organizar palestras abertas a todos os públicos a serem apresentadas em escolas públicas informando diversos conteúdos sobre as vacinas. Por fim, o Ministério da Saúde deve formar grupos que atuem em lugares mais pobres e longínquos de aplicadores dos imunizantes. Assim, os brasileiros se tornarão saudáveis novamente.