Enviada em: 17/05/2018

Segundo Aristóteles,a política deve ser usada para alcançar o equilíbrio na sociedade.No entanto,quando se observa o reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil, é notório que esse equilíbrio é constatado apenas em teoria. De maneira que o problema está inerentemente ligado à realidade do país, seja pela má aplicação das campanhas de profilaxias, seja pela desatenção do Estado no desenvolvimento à saúde.     Conforme o ideal aristotélico,a Constituição Federal prevê, em seu artigo 6º, que todos têm direito à educação e à saúde. Entretanto, é possível perceber que há uma segregação na aplicação desses dois direitos, que deveriam ser empregados em conjunto.Haja vista que,o uso da "propaganda medo",em lugar da educação,nas campanhas de combate às doenças perpetua o problema. Isso se exemplifica com os números de infectados por HIV, que têm aumentado na mesma intensidade que avançam os tratamentos da doença; com a queda de fatalidades, as pessoas se cuidam cada vez menos. Assim como a aids, as doenças transmissíveis são vistas pelos cidadãos como problema individual. Sem saber, estas pessoas descumprem seus papéis sociais à saúde pública.     Outrossim, destaca-se a desatenção do Estado como culpada de algumas doenças reemergentes. A falta de investimento tecnológico e educacional somados à negligência no combate ao desmatamento cooperaram para o reaparecimento de doenças como a dengue e a aids no país. O Brasil teve cerca de 30 anos para organizar estruturas informacionais e educativas acerca do HIV, bem como para investir em estudos, informações e ações de profilaxia contra o vírus da dengue e seu vetor. Porém, todos estes anos foram gastos negligenciando essas e outras doenças.    Por fim, não é saudável para a nação se apegar a esses erros do passado. Mas, como disse Confúcio, não corrigir os erros do passado é errar novamente. Destarte, é imprescindível que o Poder público se atente à saúde preventiva contra doenças ditas 'do passado'; cabe, então, ao MEC e ao Ministério da saúde, destinarem verba para promover informação e tecnologia para à saúde pública. No que diz respeito à informação, palestras devem ser ministradas nas escolas, em todos os níveis de educação, mensalmente e complementadas com ações diárias, para que os alunos percebam, desde a infância, que saúde deve ser um hábito a ser praticado diariamente e não um assunto a ser abordado anualmente; quanto à tecnologia, universidades e centros de pesquisa devem receber contínuo apoio desses órgãos e do Estado como um todo. Com essas ações, se espera que o Brasil caminhe para o equilíbrio proposto por Aristóteles.