Complexidade de fatores O reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil é consequência de uma onda de fatores que envolvem aspectos sanitários, ecológicos, sociais, políticos e econômicos, os quais dividem opiniões e colocam em questionamento as possíveis medidas a serem tomadas. Além disso, nota-se progressivamente a ação de grupos antivacinação, que mesmo sendo mais atuantes nos EUA e na Europa, contribuem para que doenças reemergentes interfiram novamente na saúde do contingente brasileiro e que a ideologia defendida possa se dissipar entre aqueles que baseiam-se no senso comum. Em continuação, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é considerado um dos países que oferecem maior número de vacinas à população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais, o que transparece a ação do Estado em querer garantir o bem estar social. Contudo, é possível destacar que a vacinação não é apenas o único modo de prevenção, sendo o saneamento básico e o discernimento coletivo essenciais à consequente realização das outras formas de erradicação. Fato que evidencia a importância das campanhas sanitaristas e a promoção de moradias adequadas. Ademais, sob a perspectiva ambiental, percebe-se que a constante intervenção humana na natureza ao mesmo tempo que colabora para o desenvolvimento das sociedades, também ocasiona o desequilíbrio ecológico e, por seguinte, o aparecimento de animais transmissores de doenças. Um exemplo que demonstra tal situação é a construção de Itaipu, que devido ao alagamento de uma extensão área, cooperou para o aumento de casos de malária na região Sul do Brasil e para o comprometimento da fauna e flora local. Em virtude dos argumentos apresentados, conclui-se que o reaparecimento de doenças erradicadas no país é fruto, principalmente, da ação humana na natureza e da ausência de conhecimento coletivo. Assim, cabe ao Governo Federal em conjunto ao Ministério da Saúde prestar assistência médica, com o uso de vacinas e medicamentos, e à moradia, através da construção de casas salubres, a indivíduos que vivem em áreas carentes e que não possuem condições básicas de vida, a fim de combater enfermidades e proporcionar o bem estar aos envolvidos. Do mesmo modo, é fundamental a vacinação nas escolas e campanhas de prevenção, com o objetivo de informar e direcionar a população sobre as doenças recorrentes.