Enviada em: 16/05/2018

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Governo Federal, os quais buscam erradicar doenças epidêmicas no Brasil. Nesse contexto, não há dúvidas que o país apresente dificuldades em combater surtos patológicos, os quais ocorrem, devido não só ao descuido nas vacinas, como também, a degradação ambiental.    Na idade média, a Europa sofreu uma epidemia chamada peste negra, a qual provocou a morte de um terço da população, entretanto, naquela época não havia tratamentos adequados para combater doenças. Consoante a Organização Mundial da Saúde (OMS), o descuido na vacinação pode estar relacionado a causa dos surtos, pois é necessário identificar os sintomas e vacinar a população rapidamente, caso houver lentidão no diagnóstico e no alerta para a sociedade, o surto pode transformar-se em epidemia. Diante disso, observa-se que é fundamental analisar os casos e assim diagnosticar o paciente corretamente para evitar a propagação da doença.     Outrossim, a degradação ambiental é outro fator que pode favorecer o reaparecimento de doenças erradicadas. Segundo dados da Revista Guia do Estudante, no primeiro semestre de 2017 foi registrado o pior surto de Febre Amarela em mais de 30 anos, quando foram notificados 777 casos e 261 mortes, o Brasil convive novamente com o avanço da doença, ademais, com desmatamento nos últimos anos, macacos passaram a viver em fragmentos reduzidos de florestas, caso estejam contaminados podem elevar o risco de infestação populacional. No entanto, conforme o físico Isaak Newton, "para toda ação, existe uma reação". Assim, uma maior valorização do meio ambiente é essencial para diminuir o número de casos dessas doenças no país.    Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Torna-se imperativo que o Estado na figura do Poder Legislativo, providencie uma maior verba para a Organização Mundial da Saúde disponibilizar vacinas para toda a população prevenir-se, evitando a propagação de doenças. Ademais, urge que a mídia, por meio de propagandas, transmita a relação do desmatamento com a proliferação de doenças, para promover a conscientização da sociedade e assim, adquirir a redução da desagregação ambiental. Desse modo, a realidade distanciar-se-à do mito grego e os Sísifos brasileiros venceram o desafio de Zeus.