Enviada em: 17/05/2018

Segundo o pensamento de Jacques Bossuet - teólogo francês do século XVI - a saúde depende mais das precauções que dos médicos. Essa citação auxilia na análise da questão do reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil, visto que apesar dos avanços na medicina, as enfermidades persistem devido ao crescimento desordenado das cidades e a falta e informação e assistência adequada para a população. Por conta disso, embora já conhecidas as técnicas de prevenção e cura dessas mazelas, a sociedade civil ainda padece em leitos de hospitais. Diante disso, e necessário avaliar a qualidade e a eficiência das campanhas de saúde pública do país, além de incentivar a participação coletiva nessa causa.       O epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz também acreditava que o caminho para o combate às doenças era por meio da medicina preventiva por isso, foi o primeiro a incentivar a vacinação - embora mal compreendido a primeiro momento-. Pouco mais de cem anos desde essa primeira iniciativa, o Brasil é hoje referência na contenção de epidemias e na produção de vacinas, possibilitando dessa forma, a imunização total da população de doenças como poliomelite, sarampo e malária. No entanto, ainda que o país seja referência mundial, o índice de contaminação e morte ainda é elevado.           Esse paradoxo está relacionado a diversos fatores, um dos principais é o crescimento desordenado das cidades logo, devido a presença ineficaz do Estado, os demiurgos carecem de acesso a saúde e qualidade de vida satisfatória. Esse crescimento urbano, segundo especialistas, compromete também o equilíbrio ecológico, pois propicia a perda de habitat de animais silvestres possibilitando assim o contato destes com os seres humanos. Esse fato pode explicar o recente surto da malária, antes presente apenas em áreas interioranas, mas que foi identificada em áreas urbanas trazida pelo hospedeiro dessa doença, o macaco. Outro fator, é a falta de acesso a informação adequada da população, principalmente no interior do país. Esta por sua vez, ainda faz uso dos mitos criados a respeito da vacina e reluta a imunizar-se.       Portanto, medidas para ampliar e melhorar as políticas de saúde pública do brasileiro são necessárias. Com esse fim, cabe ao Estado através do Ministério da Saúde a função de administrar e aumentar a abrangência dos órgãos de saúde pública na comunidade, qualificando os agente de combate a endemias para não só procurarem focos de dengue, mas também repassarem instruções de prevenção de outras epidemias as famílias visitadas. Cabe ainda a sociedade civil participar ativamente das campanhas públicas de saúde promovidas pelo governo e adotar as precauções vinculadas na mídia. Dessa forma as doenças reemergentes serão melhor combatidas, como gostaria Oswaldo Cruz.