Enviada em: 19/05/2018

Somente nos primeiros cinco meses de 2011 no Paraná, foram registrados, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, mais de 23 mil novos casos de dengue, uma doença que já foi erradicada no passado, mas tem apresentado elevados números de incidência nas ultimas décadas. Visando a compreensão e resolução deste problema, é necessário a análise da formação quadro socioeconômico brasileiro atual.       O  Brasil sofre com a macrocefalia urbana, que é a falta de infraestrutura citadina capaz de comportar grandes contingentes populacionais atraídos pela industrialização, resultando em um déficit de moradia de qualidade e submetendo as pessoas a residirem em locais com a falta do investimento público, como saneamento básico.         Tais moradias precárias favorecem a proliferação de doenças já erradicadas. Foram divulgadas 161 casos de dengue entre janeiro e junho de 2015 no Ceará, incidentes principalmente em regiões com alta densidade demográfica e baixo planejamento urbano. Portanto, a falta de infraestrutura pública em regiões altamente povoadas favorecem o reaparecimento de doenças já erradicadas.               Conclui-se que a ausência de planejamento urbano aliado à alta concentração populacional tornam possível o reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil. O governo brasileiro deveria promover reformas no sistema de saneamento básico das cidades deficitárias, principalmente em grandes metrópoles, investimento em programas de planejamento urbano, visando a diminuição da reincidência de doenças. A sociedade deve se conscientizar, promovendo reuniões e palestras, a fim de evitar a criação de ambientes favoráveis a proliferação de agentes etiológicos e vetores.