Enviada em: 02/06/2018

O reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil    Ao contrário da visão positivista de Durkheim, Weber compreende que os processos sociais são dinâmicos e mutáveis, cabendo ao homem extrair os seus sentidos. Assim, em se tratando da problemática do reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil, cabe um olhar atento a esse fenômeno, uma vez que esse vem implicando diversas consequências, as quais desestabilizam o corpo social. Toda essa situação é, certamente, fruto do crescimento de movimentos anti-vacinação e da elevada desigualdade social.  Toma-se conhecimento, por meios acadêmicos, sobre a formação de pesquisas relacionando a vacinação como causa de doenças como o autismo, que, certamente, obteve massiva influência de indivíduos contrários a imunização ativa. Esse fato, por sua vez, criou grande repercussão pelo mundo, contexto que fomenta o reaparecimento de doenças até então erradicadas. Dados apresentados pelos veículos de comunicação denunciam o quadro alarmante em que se encontra o problema, entre 2014 e 2015, foram registrados 161 casos de sarampo no estado do Ceará, fazendo-se precisa a busca urgente por medidas que tragam de volta a consciência social dos benefícios que a vacinação pode trazer e combatam seus degradantes efeitos.    É sabido que, todo esse escarnecimento cria uma comunidade polarizada e desintegrada, situação que amplia o problema destacado. Tal desigualdade social vivida no país  potencializa o caminho da sociedade para a involução, pois uma nação que não fornece acesso igual a medicação está fadada a não de desenvolver no campo imunitário. Há nessa situação, portanto, a necessidade de fazer emergir novos caminhos de combate à volta de doenças antes erradicadas, com o intuito de acabar, ou ao menos reduzir, esse ciclo vicioso que persiste atualmente.   Logo, a fim de promover mudanças efetivas, o Ministério da Saúde deve, por meio de propagandas publicitárias, vincular os grandes benefícios que a vacinação pode trazer, como a imunização contra a tuberculose, sífilis, tétano, entre outros males. Esse passo deve ser associado ao compromisso do Governo Federal, em estabelecer e garantir a realização dos processos. A partir desses caminhos, será possível lutar de forma efetiva pela erradicação dessas doenças no Brasil.