Enviada em: 12/06/2018

Em busca da eficiência     Ao analisar o tema "O reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil", vê-se que é um assunto sério, exigindo atenção. O ano de 2018 no Brasil é marcado pela incômoda presença da Febre Amarela e casos de Sarampo na altura da divisa entre Roraima e Venezuela, doença essa que desde 2016 era considerada erradicada no território nacional, e que reapareceu com a imigração de venezuelanos. Assim sendo, para uma saúde pública eficiente é necessário a ação de uma saúde preventiva.     Deste modo, um fator que é importante para extinguir e prevenir doenças, é trabalhar voltado para uma saúde informativa e educacional. O primeiro registro fracassado da república brasileira ao tentar controlar uma epidemia, foi a Revolta da Vacina, no ano de 1904. Naquela ocasião, populares mal-informados da importância  e necessidade da vacinação contra a Varíola, rebelaram-se contra o governo. Os mitos que eram criados em torno da vacina - e que em alguns casos permanecem nos dias atuais -  geraram uma insegurança por parte dos populares, acarretando a revolta.     Além disso, outro ponto a ser discutido é a desigualdade social. Não é possível tratar de questões públicas de maneira isolada. Ou seja, trabalhar no setor da saúde, sem proporcionar moradia, saneamento básico e empregos, resulta no reaparecimento de enfermidades. É o que o sociólogo Émile Durkheim analisa em seus estudos, definindo a sociedade como um organismo. Isto é, é imprescindível o funcionamento composto por partes associadas, assim como um organismo animal, para que assim seja mantida uma harmonia e equilíbrio.      Portanto, medidas são necessárias  para resolver o impasse. Diante da problemática, o Estado brasileiro precisa parar de ser servido pelo povo, e praticar a inversa, como disse Frei Beto. A partir disso, o governo deve comprometer-se em reduzir os índices de desigualdade social. No viés da informação, o Ministério da Saúde tem a responsabilidade de intensificar as políticas públicas de mobilização na mídia, em espaços públicos e em ambientes escolares, tendo o último, um programa de saúde obrigatório com carga de 36 horas à grade  curricular da disciplina de Biologia.