Em meados do século XX, o médico sanitarista Oswaldo Cruz venceu a dengue e algumas epidemias, como a febre amarela, com ações radicais que eliminaram o mosquito em meio a críticas e protestos dos cariocas. Entretanto doenças que foram controladas e até mesmo erradicadas estão voltando a aparecer em surtos ou epidemias, como a dengue, febre amarela e tuberculose. Tal fato é resultado das condições péssimas de saneamento básico que muitas pessoas estão expostas, e do problema da recusa vacinal. Em primeiro lugar, o saneamento básico é fundamental para que a população se sinta envolvida num conjunto de medidas para combate de doenças. Porém com o abandono dos gestores, uma realidade que ainda persiste atualmente, os moradores se sentem desanimados a participar de ações preventivas. Com efeito, o abandono de regiões periféricas favorece a cultura do acúmulo de lixo, além de criar condições favoráveis a incidência de criadouros de mosquitos transmissores. Convém ainda lembrar que a vacinação é muito importante no combate ás doenças. Deve-se destacar que o surto de febre amarela silvestre que atingiu especialmente o estado de Minas Gerais no início de 2017 foi muito facilitado pela pouca procura à vacina. Com a diminuição marcante no risco de algumas doenças que já foram um flagelo no passado, é natural que muitas pessoas, esquecidas do risco representado por elas, passem a ignorar a necessidade de uma vacina. Torna-se evidente, portanto, que uma intervenção é necessária. É imprescindível que o Estado, junto a associações privadas, deve investir mais em programas com fins de melhoria no saneamento básico, iniciando com a elaboração de projetos bem planejados seguidos da construção de obras e a manutenção desse sistema. Também se faz necessária a ação da mídia, que através de campanhas educativas, possa transmitir todas as informações sobre as vacinas de forma clara ao mesmo tempo esclarecendo o quão importante essas medida profiláticas são. Dessa forma, doenças, erradicadas ou não, serão mais facilmente evitadas.