Enviada em: 18/06/2018

O sistema de saúde pública (o SUS) do Brasil é considerado referência internacional. Teoricamente, é um dos mais amplos sistemas de saúde gratuito no mundo, o qual alcança não só a cura das doenças físicas e mentais da população brasileira, mas também a prevenção dessas mesmas doenças.       Ocorre que, na contramão do que anuncia o SUS, diariamente noticia-se que no Brasil a saúde pública é um caos. Faltam medicamentos, leitos de unidades de terapia intensiva, médicos e materiais para procedimentos simples, tais como curativos, nos hospitais do país.        Além disso, recentemente tem-se noticiado a volta de inúmeras doenças dantes consideradas escassas ou controladas no país, das quais se pode citar a dengue, sífilis e a febre amarela.           As doenças acima citadas, embora não tenham em comum as causas e vetores, têm em comum o fato de poderem ser evitadas por meio de recursos considerados simples diante da complexidade do SUS, tais como campanhas educativas, o uso de preservativos e a vacinação. Mas qual seria o motivo do ressurgimento dessas doenças de forma endêmica no país?             A ineficiência do SUS, com toda certeza, não é a única das razões, até porque o Brasil (que além de tudo é um país cheio de doenças tropicais) não é o único país que revive doenças consideradas erradicadas (em Londres, por exemplo, fala-se da gonorréia intratável).              Mas, além de causas como a globalização, o aquecimento global, o desequilíbio ecológico e a crença de que os avanços tecnológicos seriam capazes de trazer a cura definitiva de alguns males que assolam a saúde das pessoas, no Brasil (assim como em outros países em desenvolvimento ou de terceiro mundo), soma-se às causas enumeradas acima, a ineficiência do SUS no tocante às políticas preventivas, os problemas estruturais de muitas cidades, a fome e a dificuldade de acesso à informação e/ou a desinformação da população. io