Enviada em: 07/09/2018

A crise política e social na Venezuela fez com que centenas de venezuelanos buscassem, no Brasil, melhores condições de vida. Contudo, muitos entraram no país de forma ilegal, sem tomar as medidas de saúde prevista pelo Ministério da Saúde. Desta feita, o reaparecimento de doenças erradicada no Brasil tornou-se evidente nesses últimos meses, refletindo além da insegurança territorial, a quantidade de pessoas não vacinadas no Norte brasileiro, por exemplo. Isso ocorre devido ao precário sistema educacional brasileiro, como também o posicionamento do Estado diante desse infortúnio.       A princípio, percebe-se que o sistema educacional no Brasil é conteudista, mecanizado. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade entre os estudantes. Assim, o conceito de cidadania e participação social é deixado de lado no decorrer da formação educacional dos brasileiros, privando-os, muitas vezes, do conhecimento da importância da vacinação para saúde individual, pois uma parte dos brasileiros não procuram a vacinação por receio dos seus efeitos colaterais, deixado-os vulneráveis às doenças virais, como o sarampo.       Em segundo plano, o posicionamento do governo diante desse retrocesso na saúde pública também cumpre papel relevante para o reaparecimento de doenças enradicadas no Brasil. A Constituição Federal, de 1988, prevê, no seu artigo 196, a garantia da saúde para todos. Contudo, muitos brasileiros não estão tendo acesso à esse direito, nesse caso, a vacância de campanhas publicitarias e profissionais capacitados é um dos principais problemas encontrados pela população. Dessa forma, uma parte considerável de pessoas ainda tem muito receio sobre a real função da vacina, que em conjunto com notícias falsas, acaba induzindo o indivíduo à rejeitar a vacinação.              Urge, portanto, a necessidade que pessoas e instituições públicas cooperem para mitigar essa problemática na saúde pública, ligado ao aparecimento de doenças, teoricamente, enradicadas no Brasil. Nessa perspectiva, o Ministério da Educação deverá, junto às escolas, desenvolver projetos educacionais no ensino infantil, com estudos de casos em historinhas, para que, desde o início, às crianças desenvolvam a conscientização da importância da vacinação para prevenção de doenças. Consequentemente, pondo fim aos preconceito construídos no decorrer da formação social brasileira.