Enviada em: 12/02/2019

Entende-se por doenças erradicadas, as enfermidades que após uma série de vacinações coletivas não mais acometem a população de um dado local. No Brasil, em 1904, Oswald Cruz, médico sanitarista, criou ações, que visavam incluir certas patologias da época na lista da erradicação. Apesar de uma das suas medidas ser autoritária e não esclarecedora, obrigando indivíduos a tomarem uma vacina, o médico teve um importante papel na contenção de mazelas contagiosas. Contudo, o que se verifica nos dias atuais, no território brasileiro, mesmo depois de grandes profissionais trabalharem para a contenção, é o reaparecimento de doenças até então extintas. Dessa forma, por ferir um dos diretos sociais do cidadão: a saúde, o Ministério da Saúde deve tomar providências que revertam este quadro.   Essa reincidência de doenças erradicadas deve-se ao fato da disseminação de "fake news", que em sua grande maioria, são escritas por grupos antivacinas, céticos da eficiência desse tipo de prevenção. Assim, as falsas informações, de que as vacinas trazem mais danos que benefícios, são repassadas a diante por pessoas que não possuem conhecimento prévio a cerca do assunto, atingindo muitos outros indivíduos leigos, que também passam a tomar a dada reportagem como verdade absoluta e deixam de se imunizarem. Vale ressaltar, que a escassez das campanhas de divulgação e de esclarecimento sobre vacinas, por parte do Governo Federal, contribui para diminuição de brasileiros que procuram postos de vacinação.          Segundo dados do Programa Nacional de Vacinação, a taxa de imunização, no estado brasileiro do Ceará, teve uma queda de 30%, entre os anos de 2014 e 2017, o que desencadeou um surto de sarampo, doença erradicada a quase dez anos. Ademais dos fatores já citados, outro que auxilia nessa redução de imunizados é a desigualdade social. Cidadãos de baixa renda, em sua grande maioria, além de deterem pouco ou nenhum acesso à informação geral, são expostos a uma condição de vida degradante, sem o saneamento básico, que os deixam mais vulneráveis à infecções, quando comparados aos grupos de classe média e/ou alta.   Em vista disso, cabe ao Ministério da Saúde brasileiro veicular nos meios midiáticos propagandas que informem os cidadãos sobre a importância da vacinação e os alertem a cerca dos perigos que a sociedade corre sem a prevenção. Compete também ao Ministério da Saúde investir em parcerias com as Secretárias de Saúde dos estados brasileiros, para que juntos possam levar o saneamento básico e  o projeto de imunização às famílias carentes. Quanto aos indivíduos, em especial, aos que têm acesso às redes sociais concerne se informarem a respeito dos assuntos e das fontes de certas reportagens, para posteriormente realizar a divulgação a outros.