Enviada em: 30/06/2018

No início do século XX, a população do Rio de Janeiro era assolada por doenças como varíola, febre amarela e peste negra, a mesma que matou milhares de pessoas na Europa na Idade Média. Nesse contexto, o médico sanitarista Oswaldo Cruz teve como objetivo acabar com essas doenças, no qual gerou revoltas e insegurança na população, devido ao desconhecimento a cerca da vacina, modo de prevenção da varíola. Entretanto, tais patologias, consideradas erradicadas, reapareceram no Brasil atual, evidenciando que, ainda hoje, não só os cidadãos não vacinam, mas também que a falta de ações públicas são os principais expoentes para a volta dessas enfermidades.    Dito isso, de acordo com o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, José Rodrigues Coura, o principal motivo do retorno dessas é a quebra de medidas de saúde pública. Isto é, o pouco investimento em campanhas sanitaristas de prevenção e o não incentivo à vacinação fazem com que doenças que poderiam ser prevenidas reapareçam. Assim, segundo a Organização Mundial da Saúde uma em cada cinco crianças ainda não são vacinadas, e cerca de um milhão e meio morrem, todos os anos, por doenças que poderiam ser evitadas.    Além disso, a desinformação e o pouco conhecimento sobre a imunização ocasionam movimentos antivacinação. Como por exemplo a Revolta da Vacina, em que as pessoas não tinham conhecimento do que seria o líquido injetado nelas e, por isso, se recusaram a aceitá-lo. E também, a falta de campanhas de vacinação e conscientização voltadas para a população agravaram este movimento ainda mais. Dessa forma, no mundo contemporâneo, ainda existem pessoas no qual acreditam que vacinar é introduzir no corpo o próprio vírus da doença, o que não é verdade. Pois, a vacina contém o vírus atenuado, ou seja, o antígeno de determinada doença. A exemplo tem se o caso, publicado na revista O Globo, de uma mãe que recusou a vacinar o filho recém-nascido, esse contraiu sarampo e transmitiu para mais de sete bebês.    Portanto, dado que o reaparecimento dessas mazelas consideradas erradicadas no país está diretamente ligado a falta de políticas públicas para o combate dessas e campanhas preventivas, é de suma importa que o Governo Estadual elabore cartilhas contendo a importância da vacinação, o que é a vacina, quais doenças podem ser remediadas por esta e como tal medida foi importante na história do Brasil. Por meio de impostos, essa deve ser distribuída nas redes públicas de ensino, para alunos de todas as séries. Cabe também ao Ministério da Saúde, juntamente com as grandes redes televisivas, promover propagandas contendo modos de profilaxia das doenças e incentivar a vacinação. Para que, desse modo, as informações abranjam número maior de cidadãos, e, consequentemente, erradicá-las. possam novamente serem erradicadas no território brasileiro.