Enviada em: 08/07/2018

Sofrendo cm seus próprios erros. No século XX ocorreu a Revolta da Vacina, em que a sociedade do subúrbio carioca, sofrendo com um surto de varíola, se manifestou contrariamente a obrigatoriedade da vacinação pois, desconfiava da integridade da medida. Atualmente, um grande surto de doenças erradicadas no Brasil mostra que o pensamento da população brasileira não mudou. A ação do homem contrária a natureza para gerir seu sistema econômico e a falta de confiabilidade nas ações governamentais relacionadas a prevenção de tais surtos são alarmantes. Em primeiro plano, é necessário salientar que o sistema econômico gera a intervenção do homem na natureza, modificando-a ao ponto de trazer vírus erradicados a ativa. O surto de peste bubônica da Baixa Idade Média é um consistente exemplo dessa situação. As rotas comerciais que trouxeram o vírus da China mostram que o sistema econômico europeu foi capaz de modificar sua própria fauna ao trazer ratos contaminados com a doença, que, por fim, dizimou 1/3 da população europeia. Ademais, a falta de confiabilidade, por parte da sociedade brasileira, nas ações que são capazes de prevenir tais doenças se faz presente. Andrew Wakefield, pesquisador e gastroenterologista, em 1998, publicou um artigo associando a vacina da tríplice viral ao autismo. Com isso, movimentos anti-vacinação surgiram, disseminando mais ainda essas doenças, pois, se não há prevenção, a volta dos vírus erradicados se torna possível. Urge, portanto, a modificação do pensamento errôneo acerca das medidas de prevenção e, também, a criação de mais métodos preventivos. O Ministério da Saúde, em parceria com empresas televisivas, deve criar uma publicidade que contenha informações sobre a volta das doenças erradicadas e seus surtos, e, junto com polos de pesquisa, investir na criação de mais métodos preventivos. Com isso, uma sociedade preocupada com a saúde se tornaria real, criando possibilidades de erradicação de outras doenças nocivas.