Enviada em: 20/07/2018

Nos primeiros anos de República Velha, o governo brasileiro juntamente com o renomado médico sanitarista Oswald Cruz, executaram um projeto para modernizar e higienizar a cidade do Rio de Janeiro. Esse plano consistia em combater animais e insetos que transmitem doenças e obrigar a população a se vacinar contra a varíola, criando, inclusive, a Lei da Vacinação Obrigatória em 1904. Atualmente, pesquisas do Ministério da Saúde mostram que muitas dessas doenças erradicadas voltaram a assolar o território brasileiro.    Deve-se pontuar de início, uma análise da obra "Por Uma Outra Globalização" do Geógrafo Milton Santos. Sua teoria mostra que atualmente a sociedade vive uma globalização perversa, isto é, culpada da própria miséria. Hospitais precários, falta de saneamento básico e vacinas são os principais causadores de uma saúde pública caótica e, consequentemente, o retorno de inúmeras epidemias como sarampo, poliomelite, dengue, entre outras. Além desse desamparo à população, o Poder Público negligência seu trabalho ao proferir o discurso de que as pessoas devem combater e agir contra os vetores das doenças, fundamentando assim a teoria.   Vale ressaltar, também, a omissão das indústrias farmacêuticas. As doenças em questão são tropicais e justamente por isso, são mais comuns em países subdesenvolvidos. Não é atrativo para as empresas, portanto, investir em remédios e pesquisas de desenvolvimento para essas patologias e sim para as de países desenvolvidos onde há retorno lucrativo. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica 17 efemeridade como doenças negligenciadas e afirma que apenas quatro de cem novos medicamentos são destinados a população de baixa renda de países subtropicais.   Em face a essa realidade, deve-se incentivar pesquisas em universidades públicas voltadas para métodos profiláticos  através da parceria do Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. O governo deve amparar a população mais afetada que não dispõe de recursos para buscar meios alternativos no sistema de saúde e desenvolver políticas para combater os transmissores por meio de agentes domiciliares que visitarão as comunidades levando informação e melhores condições de saneamento básico para não haver proliferação.