Enviada em: 02/08/2018

Em um episódio de Dr.House, este se depara com uma mãe que se recusa a vacinar o seu filho por acreditar que isso apenas enriquece a Indústria Farmacêutica.Diante disso, House responde, de forma irônica, que outro negócio lucrativo é a venda de caixões funerários.Fora das telas, a disseminação de “fake news” tem incentivado as pessoas a terem posturas antivacina como a da mulher, e isso tem causado a volta de doenças extintas.Assim, torna-se essencial que informações mentirosas sejam identificadas, bem como os seus divulgantes culpados.    Hodiernamente, a sociedade é regida pela política da pós verdade. Sob esse viés, para que uma informação seja aceita, a repercussão precede a sua veracidade .Por conseguinte, as indústrias, a fim de lucrar com divulgação, produzem notícias de cunho sensacionalista, como a de que vacinas são venenos que podem matar, que chocam o povo e faz com que ele evite a imunização.Essa conjuntura, de acordo com a filosofia Conteana, configura-se como um fato social doentio, pois dificulta a busca da verdade e, concomitantemente, desestabiliza a harmonia da sociedade.   Quando uma pessoa saudável, que, influenciada por embustes, opta por não se vacinar e contraí um vírus, ela pode produzir anticorpos e se curar.Todavia, nesse ínterim, até que sare, o indivíduo infectado pode transferir o agente infeccioso para alguém vulnerável, que se enquadra nas restrições vacinais. Deste modo, uma atitude negligente além de colocar a vida de muitos em risco, contribui diretamente aos números: 26 casos de Sarampo nos EUA, já considerado erradicado no país, segundo a UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina.   Destarte, para que as doenças sumidas não voltem, é preciso que se ataque a raiz do problema, ou seja, a divulgação de notícias falsas, haja vista que, dessa maneira, os cidadãos não irão temer sua proteção. Para isso, o Governo, através do Poder Legislativo, deve aprovar a lei que tramita na Câmara dos Deputados, que criminaliza a divulgação de notícias desleais, para que as instituições que as produzem tenham prejuízos financeiros e sintam-se desmotivadas em continuar com a farsa. Ademais, através de investimento em pesquisas, as redes sociais devem desenvolver um algoritmo que permita que as informações sejam selecionadas como caluniosas. Logo, as mazelas não se comportarão como a Ave Fênix da mitologia grega, que ressurge com mais força quando é pensado que se sucumbiu, ao contrário, elas desaparece-se-ão para sempre.