Enviada em: 29/07/2018

No Brasil, as primeiras medidas curativas e profiláticas advieram das tribos indígenas existentes no século XVI. Em 1904, Oswaldo Cruz surgiu com o objetivo de erradicar as doenças emergentes na época, por meio da vacinação obrigatória. Apesar das revoltas provocadas por sua estratégia – como, por exemplo, a Revolta da Vacina –, o médico e cientista obteve êxito em sua missão. Entretanto, hodiernamente, a sociedade brasileira presencia o reaparecimento de algumas doenças que já haviam sido eliminadas, devido à não imunização pessoal.        Em primeira instância, é importante salientar que a existência de serviços de saúde inadequados, desprovidos de campanhas de vacinação corrobora para o ressurgimento de doenças. Segundo pesquisas realizadas pela OMS, aproximadamente 20% das crianças não são vacinadas. Nesse sentido, um dos fatores que colaboram para a falta de imunização e consequente morte dos indivíduos portadores de doenças é a inexistência de campanhas de vacinação, além do funcionamento dos postos de saúde, os quais permanecem abertos apenas em horário de expediente – em que a maioria dos pais e responsáveis trabalha. Consequentemente, as crianças não são vacinadas e as doenças permanecem reaparecendo.        Ademais, a irresponsabilidade social concernente à vacinação tornou-se indispensável para a questão das doenças reemergentes. Dessa maneira, alguns indivíduos recusam a vacinação pessoal, crendo em alguns mitos propagados nas redes sociais, os quais informam que as medidas profiláticas provenientes do governo acarretarão a problemas de saúde e, até mesmo, à morte. Consoante ao pensamento de Francis Bacon, o qual diz que “o comportamento humano é contagioso”, a população, influenciada pela Fake News, decide não imunizar-se. Por conseguinte, as doenças eliminadas anteriormente assolam a sociedade hodierna.        Fica claro, portanto, que medidas eficazes necessitam ser tomadas para a mitigação dessa problemática. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde, em ação conjunta com emissoras televisionais, promover campanhas de conscientização que visem informar toda população sobre os benefícios da vacina, da profilaxia e os riscos das doenças reemergentes, por meio de propagandas e comerciais em televisões, além de cartazes informativos espalhados em locais públicos. Assim, quiçá, todos percebam a importância da vacinação e ocorra, novamente, a erradicação das doenças.