Enviada em: 31/07/2018

Notícias recentes de surtos de sarampo no Brasil, além de inúmeros casos em países vizinhos, têm preocupado autoridades, profissionais da saúde, assim como as demais pessoas. Isso exemplifica uma doença infecciosa, dentre inúmeras, que assolavam populações em séculos passados, que por décadas foram consideradas erradicadas ou estiveram sob controle, e que hodiernamente ressurgiram e estão causando surtos com vários casos de óbito. É necessário discutir os motivos que motivaram o reaparecimento dessas doenças, para assim desenvolver estratégias de controlá-las novamente.  Em primeira análise, as vacinas se mostraram bastante eficiente no combate a doenças imunopreveníveis. Todavia, por descuido ou mesmo por recusa de alguns vem ocorrendo baixas coberturas vacinais e presença de agrupamentos de indivíduos não vacinados, o que propicia a transmissão da doença. Um outro fato é o uso indiscriminado de antibióticos, que pode desencadear o aparecimento resistência em micro-organismos patogênicos. Dessa forma, alguns antibióticos que se mostravam eficazes no controle de doenças não são mais. Convém também ser lembrado o desequilíbrio ambiental, que pode interferir no ciclo natural de doenças, como a febre amarela, que tem sua circulação entre primatas e mosquito hematófago. Nessa perspectiva, o desmatamento e construção de habitações em áreas anteriormente ocupadas por florestas pode desviar o ciclo de transmissão da doença do macaco para o homem. Dessa forma, por um lado será necessária a ação do governo, com a implementação de campanhas de prevenção e combate às doenças reemergentes, através de vacinação efetiva, tratamento dos casos, controle de outros fatores que possam propiciar a transmissão dessas. Por outro  lado, a sociedade também tem que se conscientizar e ter sua corresponsabilidade para que essas doenças sejam outra vez controladas.