Enviada em: 31/08/2018

Na Idade Média, a agricultura realizada pelos camponeses era em sua maior parte a subsistência. Diante da dificuldade de produzir excedentes agrícolas, por décadas, o homem ficou prisioneiro de feudos e  da limitação alimentícia. No entanto, atualmente, esse cenário é diferente, o agricultor é capaz de cultivar além do necessário para a alimentação de sua família e produz para o mercado interno e externo de seu país. Nesse ínterim, o uso de agrotóxicos foi crucial para a expansão agrícola mundial, ainda que condicione problemas de saúde a população e impulsione a agricultura intensiva, logo, prejudicando o meio ambiente. Dessa forma, tais fatores não podem ser negligenciados ao analisar como e em que quantidade esses agrotóxicos estão sendo utilizados na indústria alimentícia.     Mormente, consoante às ideias Malthusianas do início do século XXI de que a população cresceria em progressão geométrica enquanto a produção de alimentos em progressão aritmética e, desse modo, ocasionaria a fome extrema no mundo futuro, é indubitável que a concretização da Revolução Verde para a hodiernidade foi de suma importância no que diz respeito maior produção de excedentes alimentícios. Entretanto, devido ao aumento do incentivo ao uso de agrotóxicos por essa inovação, a prática da monocultura e agricultura intensiva também cresceu, dessa maneira, causando impactos ambientais, tais como o gradativo aumento do desmatamento nas proximidades da região amazônica.     Ademais, convém ressaltar que, desde o Brasil Colônia, o país é, majoritariamente, agrícola. Sendo assim, é perceptível a importância da mão de obra rural para a economia e como essa ainda é - mesmo que menor comparada a séculos passados - numerosa e expressiva para que aja o crescimento dos "commodities" brasileiros. Logo, o uso agressivo de agrotóxicos nos campos gera prejuízos para a saúde dessa parte dos trabalhadores rurais. Esse fato pode ser comprovado pelos dados do Programa de Vigilância da Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos que diz que cerca de 1,5 milhão de pessoas desse grupo estão intoxicadas no campo.     Dessarte, é imprescindível, pois, que o Ministério da Agricultura, aliado ao do Meio Ambiente, crie, por meio da disponibilidade de fiscais para as áreas mais ameaçadas pela expansão agrícola, postos de fiscalização nas regiões de Mata Amazônica. Desse modo, auxiliando na preservação do meio ambiente, prejudicado pelo poder, o qual o agrotóxico proporcionou aos agricultores. Outrossim, é de que também é cabível ao Ministério da Agricultura a estipulação de exames laboratoriais de seis em seis meses aos trabalhadores rurais, isso através de acordos com o Ministério da Saúde para a concessão de profissionais aptos aos campos, visando assim uma melhor qualidade de vida para esses peões e também de que o excedente agrícola seja a única herança do agrotóxico.