Enviada em: 09/08/2018

De acordo com a nutricionista e apresentadora de programas culinários Bela Gil, a alimentação é capaz de transformar o estilo de vida e a saúde das pessoas. Entretanto, os novos métodos de cultivo para a produção em larga escala com a utilização excessiva de agrotóxicos têm colocado esse hábito em risco. Questões culturais e a falta da presença do governo no campo brasileiro são as principais causas do desequilíbrio entre o uso de agrotóxicos e a alimentação saudável.        Nesse contexto, o desinteresse cotidiano de muitos brasileiros em conhecer a procedência dos produtos vegetais representa a ameaça do novo estilo de vida. Ter a falsa impressão de que a substituição dos alimentos industrializados com altos teores de açúcares e sódio, por furtas e verduras quaisquer irá trazer benefícios a saúde é um hábito comum àqueles que a fazem. Durante a Revolução Verde no governo militar, a invenção do agrotóxico possibilitou a produção em cadeia, devido ao afastamento das pragas proporcionado pela substância. No entanto, esquecem-se do caráter nocivo sobre o indivíduo, assim como para os insetos e larvar indesejados, quando usados em excesso. Portanto, o consumo de vegetais pode ser tão impactante ao organismo quanto os industrializados, sendo fundamental conhecer a origem e a segurança na produção do produto.        Ademais, a falta de fiscalização por parte do Estado no ramo da agricultura gera consequências severas à saúde dos cidadãos. O fato de alimentos como morango, banana e maça chegarem à mesa de muitos brasileiros contaminados excessivamente, exemplifica o descaso do poder público. Segundo a comunidade médica, essa negligência resulta em inúmeros casos de intoxicação, uma vez que, devido à afinidade do componente do agrotóxico com o tecido adiposo - gordura do ser humano, facilita o acúmulo de substâncias nocivas. Dessa forma, o consumidor fica mais suscetíveis às alterações metabólicas e fisiológicas que podem levar à morte, aumentando os gastos da União com a saúde pública, pois essa é responsável por oferecer recursos para o tratamento.        Nessa perspectiva, a carência de conhecimento dos brasileiros e a falha do governo na fiscalização impactam a saúde da população. Por isso, torna-se necessário que as instituições educacionais promovam palestras sobre os níveis de agrotóxicos presentes nas frutas e verduras, por meio de palestras com profissionais especializados, como nutricionistas e médicos, a fim de alertar os riscos da ingestão de contaminados além de incentivar a procura da procedência dos produtos para realizar um consumo consciente e seguro. Outrossim, cabe ao Estado Se mostrar mais presente na fiscalização, por intermédio de visitas periódicas ao campo de produção, com o intuito de aferir a seguridade dos alimentos e diminuir a chegada de contaminados nos lares.