Enviada em: 04/08/2018

É indubitável que o uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo é um tópico de importante debate na atualidade. De acordo com pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o consumo de agrotóxicos pode causar diversas doenças, como o câncer e o Parkinson. Torna-se evidente, portanto, que mesmo sendo um artifício que aumenta exponencialmente a  produtividade de monoculturas, o uso agrotóxicos é extremamente danoso para a saúde populacional e precisa ser controlado através de intervenções político-administrativas.       A partir da metade do século XX, ocorreu um fenômeno mundial conhecido como Revolução Verde, que, pelo fato de ter sido o movimento responsável pela inserção da biotecnologia e de agrotóxicos nas zonas de cultivo, representou  uma notória evolução tecnológica de modelos produtivos da agropecuária. Com isso, teve-se uma ascensão alcantilada nos níveis de produção e aproveitamento de terras agricultáveis, resultando, assim, no desenvolvimento de economias, majoritariamente, agroexportadoras, como, por exemplo, o Brasil. No entanto, como exposto pela Abrasco, a utilização desses produtos é negativa para a saúde dos consumidores, logo, é importante que o Governo fiscalize rigorosamente o uso desse método, para que não vivamos uma realidade de desenvolvimento econômico em detrimento da qualidade de vida dos cidadãos.       Como se isso não bastasse, outro fator substancial para o agravamento do problema é a falta de informação propiciada à sociedade perante o assunto. Diversas pessoas, ao fazerem alguma compra cotidiana em um supermercado tradicional, observam uma fruta ou legume com cores e tamanhos extremamente chamativos e relacionam essas características a algo saudável. Esses aspectos, entretanto, apenas mostram o contrário, pois alimentos naturais e livres de agrotóxicos não apresentam esse tipo de constituição, explicitando, por conseguinte, os níveis absurdos de produtos químicos que estão presentes nas mercadorias vendidas na maioria dos mercados nacionais.       Portanto, faz-se necessário que o Governo Federal, em conjunto com o Ministério da Agricultura, por meio de fiscalizações rigorosas e frequentes em regiões de monoculturas e policulturas do país, regulamente a quantidade de agrotóxicos utilizados por agricultores em suas plantações, para que, dessa maneira, a grande intoxicação de alimentos seja atenuada. Por fim, é importante que o Ministério da Saúde, por intermédio da entrega de panfletos informativos em zonas de grande contingente populacional, cientifique a população sobre os reais riscos para a saúde que o consumo desprevenido pode resultar e, também, incentive aquela a dar preferência para alimentos 100% orgânicos, para que, dessa forma, a qualidade de vida da sociedade brasileira seja preservada.