Enviada em: 09/08/2018

Agrotóxicos são substâncias químicas, manipuladas para o controle de pragas e doenças em lavouras. Seu maior mercado consumidor são as monoculturas para exportação, as denominadas "commodities", cuja produção é realizada em países em desenvolvimento, como o Brasil. Se caracterizam por ser controladas por empresas transnacionais, que possuem leis mais restritivas sobre seu uso, em seus territórios.        O alto valor agregado desse tipo de produto primário influencia o modelo de desenvolvimento econômico adotado nesses países. Portanto, suas políticas privilegiam o latifúndio através de leis mais permissivas e incentivos fiscais. Segundo a ONG Brasil Debate, apesar da agricultura familiar responder por 70% dos alimentos consumidos no Brasil (sendo 83%, orgânicos), todavia não consegue perceber os mesmos benefícios, que recebe o agronegócio no país.          Desse modo, a utilização de agrotóxicos no país e no mundo é controversa e reconhecidamente nociva à saúde humana e ao meio ambiente. Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), 22 das 50 substâncias utilizadas no Brasil são proibidas na União Europeia e dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), apontam para os riscos de outro tipo de saúde, a financeira, ao ver comprometidas, as exportações brasileiras de frutas, por barreiras fitossanitárias impostas por países europeus.         À vista disso, as alternativas devem levar em consideração não apenas uma perspectiva econômica senão, os danos causados à saúde e ao meio ambiente. Organizações ambientalistas e da saúde devem reunir-se para divulgar informações confiáveis, que prestem esclarecimentos, sobre os riscos envolvidos na sua ingestão. Essa articulação pode se consolidar com o auxílio de organismos internacionais, que têm  influencia sobre as decisões políticas dos países, como a Organização das Nações Unidas (ONU), e assim, conseguir ao menos mitigar os passivos gerados pela utilização indiscriminada dessas substâncias.