Enviada em: 08/08/2018

O uso de agrotóxicos no setor agrícola permitiu o aumento da produção e a diminuição de seus custos. Entretanto, a utilização indiscriminada desses defensivos tem causado consequências, ambientais e sanitárias, negativas. No tocante, medidas devem ser tomadas para tentar combater o problema, incitando uma maior atenção dos órgãos de fiscalização, juntamente com deliberações legislativas e com treinamentos e capacitações aos agricultores, por Organizações Não Governamentais, ONGs.     A revolução verde, da década de 1950, foi uma política de ampliação da produção agrícola que visava reduzir a fome em países subdesenvolvidos. Para tanto, adubos, sementes e pesticidas foram aprimorados para tal fim e ,assim, os custos dos alimentos diminuíram e os lucros aumentaram. Porém, com intuito de aumentar ainda mais a produtividade, o que era uma alternativa benéfica, começou a trazer prejuízos, uma vez que os agricultores começaram a utilizar de agrotóxicos em excesso. As consequências disso foram percebidas por países desenvolvidos e por essa razão, a legislação desses tornaram-se mais rígidas quanto aos limites de utilização permitidos. Em contrapartida, o Brasil, que possui um alta produção agrícola, não possui legislação atualizada para esse contexto.        Sob esse viés, implicações sanitárias e ambientais tem como causa o abuso desses defensivos agrícolas. A intoxicação se mostra uma das principais consequências desse excesso, dados do ministério da saúde revelam que entre os anos de 1999 a 2012, foram registrados mais de 114 mil casos, sendo eles por uso indevido de agrotóxicos. Outro problema em questão é relatado no documentário " o veneno está na mesa", em que mostra a utilização indiscriminada desse insumo e relação com a contaminação do solo e com isso a desertificação, além da contaminação dos cursos d'água e dos animais,por conseguinte. Contudo, os efeitos disso serão sentidos pelos seres humanos, que  por comporem o topo da cadeia alimentar, são vítimas da magnificação trófica que culmina no acúmulo de pesticidas provenientes de outros níveis tróficos.       Torna-se evidente, portanto, que a fiscalização das propriedades rurais pelo Órgão Nacional de Vigilância Sanitária, é necessária para analisar a quantidade usada de agrotóxicos, pelos produtores. Além disso, a atualização da Lei dos agrotóxicos, pelo Congresso Nacional, se faz urgente, para que os níveis aceitáveis, desses insumos, sejam regulamentados de acordo com padrões internacionais. Por fim, ONGs poderiam promover treinamentos e capacitações aos agricultores com o intuito de ensinar sobre os prejuízos causados pelo excesso de agrotóxicos e os benefícios que poderão ser atingidos com o uso correto dos mesmos.