Enviada em: 10/08/2018

Segundo José Lutzenber, agrônomo e escritor-" A agricultura que deveria ser o principal dos fatores da saúde do homem, é hoje um dos principais fatores de poluição". Nesse sentido, o uso do agrotóxicos no Brasil e no mundo representam uma grande ameaça para o meio ambiente, principalmente no que se diz a respeito da contaminação do solo e dos alimentos. Por isso, é necessário o controle quanto ao uso e o cumprimento da legislação.     Primordialmente, é importante ressaltar que apartir da década de 1970, com incentivos fiscais cedidos as indústrias químicas, o Brasil adotou o uso da monocultura e o uso intensivo de agrotóxicos. José Lutzenber, em seu livro" Ecologia do jardim do poder", afirma que os órgãos públicos aceitam  as críticas a filosofia das indústrias químicas. Isso explica, os grandes subsídios disponibilizados a esse ramo. O grande problema surge na medida que, esse modelo gera enormes impactos ambientais, a exemplo da erosão hídrica, diminuição da vazão dos rios e redução da biodiversidade. A situação se agrava, pois com o passar do tempo as pragas criam uma certa resistência, tendo a necessidade de se aumentar as doses de inseticidas. De acordo com a Agrofit( Sistema de agrotóxico fitossanitários), entre 2007 e 2014 a comercialização de agrotóxicos aumentou 141%, enquanto a área plantada teve um aumento de apenas 12%. As consequências disso tudo são danos irreversíveis ao meio ambiente e a população, além da onerosidade aos cofres públicos que precisam recuperar as áreas degradadas.      Outro fator, refere-se a contaminação dos alimentos pelo uso de agrotóxicos, a afirmação de Paracelsus( A chave da Alquimia),  a qual o veneno é questão de dose é muito utilizada com justificativa para o uso desses produtos nos alimentos. Conforme dados do Sinan (Sistema de informação de Agravos de Notificação), em 2014 foi identificado a incidência de 6,26 casos de contaminação por produtos fitossanitários em cada 100.000 habitantes. Nota-se, que a Lei 7802/1989 (Lei dos agrotóxicos),  regulamentada pelo decreto 4.074/2002, a qual assegura a proteção a saúde humana animal e do meio ambiente não está sendo cumprida.           Diante desse quadro, é preciso que o governo exerça seu papel, protegendo a população em geral, conforme foi firmado em lei. Por isso, é imprescindível a eficaz fiscalização pelo órgãos responsáveis do meio ambiente e agricultura com a SEMA e o MAPA. Antes de tudo deve-se realizar estudos semestrais que optem pela escolhas inseticidas pouco danosos a saúde, depois disso deve-se registrar e fiscalizar por meio de visitas todas as partes da cadeia produtiva do produto. Desta forma, os impactos ao meio ambiente serão reduzidos, assim como os índices de contaminação, assegurando um grande fator consagrado por Lutzembeger - a alimentação saudável.