Enviada em: 21/08/2018

O modelo de agricultura voltado para a exportação fez do Brasil um dos países que mais consome agrotóxicos no mundo, segundo a Associação Brasileira  de Saúde Coletiva (Abrasco), 20% de toda a produção mundial é consumida aqui e as consequências para o meio ambiente e à saúde da população são preocupantes.      A princípio, utilizado como arma química durante a Segunda Guerra Mundial e posteriormente como defensivos agrícolas, os agrotóxicos passaram a ser altamente usados para controlar as "pragas", que impediam uma melhor produção de alimentos. Nesse ínterim, com o aumento populacional, a necessidade de maior produção de alimentos fez com que os agrotóxicos fossem usados desenfreadamente, até os dias atuais. Ademais, com tais práticas a degradação do solo e a poluição de rios e lagos são agravados cada vez mais.      Outrossim, os produtos fitossanitários vem elevando os problemas de saúde que em médio ou longo prazo o consumo desses alimentos ou a exposição a essas substâncias, podem levar o indivíduo a apresentar complicações médicas desde vômitos até um quandro mais avançado como o câncer. Segundo o Observatório Social, 2449 pessoas morreram de intoxicação por agrotóxicos entre 1999 e 2012, no Brasil, mostrando o quanto esses produtos são destrutivos não só às "pragas", mas ao ser humano também.      Dessa maneira, o Ministério da agricultura deveria incentivar e disponibilizar meios para uma produção consciente sem agrotóxicos. Estufas especiais, uso de predadores naturais das "pragas", agrônomos para o monitoramento dos alimentos e uma fiscalização mais rígida por meio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com os agrotóxicos possibilitariam uma melhora significativa, assim podendo disponibilizar alimentos mais saudáveis à população e uma redução da poluição global.