Enviada em: 22/08/2018

O agrotóxico entrou para a história no século XX como uma substância utilizada em armas químicas e, posteriormente no período pós guerra, recebeu uma nova função como pesticida na produção agrícola. A chamada Revolução Verde intensificou o uso de agrotóxicos pelo globo, mas após a comprovação da alta toxicidade desses produtos para os seres humanos e o meio ambiente, o objetivo agora é de diminuir drasticamente sua aplicação.   Em primeiro lugar, dá-se a necessidade de destacar que o Brasil é o terceiro maior consumidor de agrotóxicos no mundo. A Organização Mundial da Saúde diz que anualmente 70 mil pessoas são intoxicadas de maneira aguda nos países em desenvolvimento, e no Brasil, um levantamento feito pela Agência Pública revela que 26 mil brasileiros sofreram intoxicação por agrotóxicos nos últimos dez anos. Dentre eles, mais de 1.800 faleceram, consequentemente apresentando o uso dessas substâncias venenosas como questão de saúde pública. Todos são afetados, sobretudo os trabalhadores do campo que tem contato direto com os agentes químicos e são intoxicados de forma acelerada e violenta por conta da maior exposição.   Mas não só estes químicos afetam a saúde humana como também causam um forte impacto ambiental. Segundo a Anvisa, o uso intensivo dos agrotóxicos leva à degradação dos recursos naturais, refletindo em água infectada, solo infértil, desequilíbrio na fauna e flora e em todo o ecossistema da região.   Portanto, torna-se evidente os impactos negativos do agrotóxicos em diversos contextos, Projetos de lei que visam legalizar substâncias danosas devem ser vetados, e as leis para a aprovação desses agentes devem continuar rígidas e inflexíveis. Uma alternativa ao agrotóxico é o investimento em tecnologia de controle biológico para redução de pragas, e a implantação de biorremediação nos locais contaminados para recuperar a fertilidade do solo de forma natural, promovendo então a biodiversidade, qualidade da água e dos alimentos que consumimos.