Enviada em: 26/08/2018

Em 1950, a Revolução Verde proporcionou uma melhora significativa nas práticas agrícolas nos Estados Unidos e na Europa, pela mesma razão, no decorrer das décadas, o homem investiu fortes agrotóxicos em suas plantações, em sua maioria prejudiciais à saúde. Infelizmente, o Brasil utiliza diversos desses produtos que são proibidos em outros países, o que acarreta não só em problemas de saúde como também em mortes. Neste contexto, faz se necessário debater este uso exacerbado em nosso país, bem como propor soluções para a problemática.         É primordial ressaltar que, a lei 6299/02 muda regras sobre o uso desses produtos visando uma flexibilização que garante vários meios legais para usar os “defensivos fitossanitários”, inclusive, a mudança do nome proporciona uma visão amena para o veneno. A nova lei pode garantir avanço na economia, entretanto, será responsável por diversos problemas de saúde pública, haja vista que, grande parte de pesticidas promovem o desenvolvimento de doenças graves como câncer. Logo, além de prejudicar o estado físico e psicológico, o ganho no negócio deverá ser usado em instituições hospitalares.         Concomitantemente a isso, nota-se o alto índice de mortes que evidencia. Uma pesquisa realizada pela Faculdade Federal do Ceará mostra que o índice de câncer em Limoeiro do Norte, cidade de grandes lavouras, é 38% maior que as cidades que não portam a mesma característica, dessa forma, médicos chegaram à conclusão que a causa é o excesso de pesticidas. Há uma elevada taxa de mortes nestas regiões, todavia, deve-se lembrar que o produto usado corretamente garante maiores colheitas e permite maior acesso à população, entretanto, o uso indevido acarreta doenças graves e mortes, como o cenário atual demonstra.         Infere-se, portanto, que agrotóxicos quando usados indevidamente apresentam sérios riscos para a saúde dos seres vivos. Desse modo, no âmbito nacional, é preciso que o Poder Legislativo reveja a lei 6299/02, e, com a parceria de biólogos e engenheiros ambientais, reformem visando o lucro financeiro, mas, acima de tudo, o benefício ambiental impondo regras rígidas e fiscalização do uso por agentes do meio ambiente, além disso, o produto será visto com bons olhos pelos destinos da nossa exportação. E, na conjuntura global, a mídia em parceria com empresas ambientais públicas e privadas deverão reforçar o tema por meio de propagandas de incentivo à agroecologia. Assim, será possível, a médio e a longo prazo, reduzir a utilização de defensivos agrícolas tóxicos para organismos vivos contribuindo, então, para uma melhor relação entre humanos e meio ambiente.