Materiais:
Enviada em: 05/10/2018

Na Baixa Idade Média o surgimento do peculiar modo de plantio, com base na adubação calcária, permitiu a adequação do pH do solo e, por consequência, aumentou consideravelmente a produção. Hodiernamente, o grupo das tecnologias utilizadas para garantir a eficácia da produção assumem um teor mais agressivo, em especifico, os agrotóxicos; estes impactam negativamente devido à política de privilégios e ao seu uso inconsequente.    A princípio, é sabido que a prevalência do sistema "Plantation" gera grandes desafios ambientais. Isso porque, muito além de proporcionar o empobrecimento do solo e facilitar a poluição dos rios, a difusão dos latifúndios tem ligação com o favorecimento, no Brasil, da lei que torna o uso de agrotóxicos mais flexível e, por conseguinte, fora do considerado seguro. Tal conjuntura é reflexo de uma política que prioriza interesses de uma minoria -a bancada ruralista-, ao invés da garantia de condição de vida para as maiorias.       Outrossim, o uso irresponsável dos defensivos agrícolas põe em risco a vida dos consumidores dos alimentos e, sobretudo, a dos trabalhadores rurais, visto que a exagerada ingestão ou inalação desse produto leva à intoxicação e, em alguns casos, à óbito; situação que compromete o direito constitucional à saúde. À vista disso, como demonstra Platão na parábola do Anel de Giges, as pessoas tendem a incorrer ao erro quando não há um instrumento regulador. Logo, a necessidade de fiscalização e, em parte a capacitação, no emprego desses produtos deve ser suprida, para a máxima segurança da população e meio ambiente.   É indispensável, portanto, a consciência no uso dos agrotóxicos. Além disso, é importante que o Ministério da Agricultura dê subsídios para que a agricultura familiar se fortaleça - já que são exemplos de produção sustentável -, e também assegurar a fiscalização da qualidade dos defensivos. Ademais, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, incentive, através de propagandas, a substituição desses insumos pelos chamados defensivos biológicos. Desse modo, é possível manter os direitos humanos e a vitalidade ambiental.