Enviada em: 30/06/2018

O tratamento da figura feminina como objeto é uma problemática muito evidente na publicidade atual, principalmente nos comerciais de cervejas. Essas propagandas demonstram sempre o corpo da mulher de forma sexualizada afim de obter sucesso nas vendas, apresentando a figura feminina como produto e submissa ao homem tal como nas sociedades patriarcais. Tal realidade, que traz danos sociais, políticos e profissionais para as mulheres, precisa de uma rápida intervenção. Surgida em meados dos anos 50, a objetificação da mulher no campo publicitário se mostrava aparente entre os mais diversos temas. “Mostre para elas que o mundo é dos homens”, era o slogan de uma famosa empresa de gravatas, que mostrava a mulher submissa ao homem cumprindo o estereótipo de dona de casa. Embora o contexto date de tempos atrás, tal problemática ainda é uma realidade mundial, sobretudo, em comerciais machistas, onde as mulheres possuem utilidades apenas para agradarem aos homens e dar lucro as empresas, visto que, a figuram feminina se torna o principal produto das publicidades. Além disso, é relevante ressaltar a erotização das mulheres e os sentidos nocivos dos anúncios publicitários como um dos impulsionadores da problemática. No início de 2015 a cervejaria Skol iniciou a campanha “esqueci o não em casa” incentivando as mulheres a aceitarem tudo que lhes for imposto. Publicidades que retratam a seminudez e submissão, expõem as mulheres a grandes perigos, como o aumento do número de casos de abuso, seja sexual, psicológico ou físico, e torna ainda mais difícil a luta pela igualdade de gênero. Desta forma, entende-se que, a objetificação da mulher e de seu corpo, em meios publicitários, representam graves consequências para a sociedade. Destarte, urge dos órgãos controladores da mídia que proíbam a seminudez e as frases com sentidos nocivos que possam ofender a imagem feminina, como a dominação de um gênero sobre outro. Outra medida necessária é que a utilização de imagens que passaram por edições e não condizem com a realidade sejam também proibidas. Dessa forma, um importante passo será dado na luta pela igualdade e os padrões que tanto fazem mal serão desconstruídos.