Enviada em: 21/07/2018

É notório que a objetificação sexual da mulher atua significativamente para a desigualdade de gênero na sociedade brasileira. Mesmo com propostas de leis na Câmara dos Deputados que visam a proibição de propagandas que desrespeitem a imagem da mulher, é comum o uso de comerciais que utilizam o corpo feminino como meio de atração. Assim, faz-se necessário ressaltar como a falta de uma regulamentação publicitária rigorosa coíbe com a cultura do estupro e com a insegurança feminina ao próprio corpo.    Em primeira análise, cerca de vinte meninas são estupradas por dia no Brasil. Isso está relacionado com a cultura em questão porque, mesmo com dados cruéis, a sociedade expõe o corpo feminino para satisfazer o público masculino e obter lucro. Além de que faz ela ser vista na sociedade apenas como meio atrativo, e não como membro essencial no crescimento da nação. De acordo com uma pesquisa publicada no Psicologia da Mulher, parceiras que são ou já foram objetificadas são mais propensas a serem pressionadas sexualmente. Fica, então, vigente como é importante acabar com a normalização e propagação desse tipo de publicidade.   Atrelado a isso, a exposição da garota em campanhas atua como uma imposição de um padrão do corpo feminino. Isso acontece porque a mídia usa corpos bem trabalhados e impõe direta o indiretamente eles como um padrão a se atingir. Tais ações levam moças a sofrerem distúrbios alimentares, depressão, vergonha do corpo e menor participação na sociedade, o que é chamado de auto-objetificação que leva ao policiamento do corpo, conforme explicou Heldman. Então, vê-se que a problemática em questão acomete a mulher em vários âmbitos.    Assim, é imprescindível  atenuas os problemas anteriormente citados. Para isso, é preciso que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária supervisione as campanhas de maneira rigorosa e proíba difusões como essas. Além disso, os meios de comunicação deverão disseminar incentivos a aceitação do corpo feminino tal como ele é, acabando com a padronização. Dessa forma, a mulher vai parar de ser vista como forma de entretenimento -ato que prejudica sua participação na comunidade- e vai cessar com a auto-objetificação.