Enviada em: 26/04/2017

A objetificação da mulher na sociedade contemporânea é reflexo de um legado histórico onde a mesma era vista como inferior e submissa ao homem. Um exemplo disso está nos séculos XVII e XVIII, visto que a mulher para conseguir o matrimônio deveria estar em boas condições, sendo avaliada constantemente. Hoje, muitos paradigmas foram quebrados, porém tanto o modelo econômico vigente quanto a desigualdade de gênero permanecem expondo a imagem feminina, sobretudo por meio da publicidade.    É inegável que o modelo capitalista de produção possui influência direta no papel da mulher nas propagandas. Uma vez que o lucro é o bem maior do sistema, o poder de persuasão e o incentivo ao consumo são carros-chefes na publicidade. Com isso, nos anúncios de produtos as mulheres sempre aparecem de forma sensual e usam uma linguagem apelativa, a fim de induzir o consumo. Dessa forma, a imagem feminina continua associada a um objeto sexual, o que fere a dignidade humana.  Esse cenário, aliado a cultura machista tornam persistentes as desigualdades de gêneros, haja vista que a representação feminina em propagandas televisivas é fútil, criando bases para colocá-la em uma situação inferior ao homem. Desse modo, os valores e comportamentos sociais pouco mudam. Assim, entende-se como a submissão e objetificação da mulher se prolongaram ao longo da história.    Diante do que foi exposto, é imprescindível a atuação da família e da escola, como instituições formadoras de indivíduos, no sentido de mudar o pensamento machista e criar gerações mais conscientes e tolerantes. Além disso, o Governo deve manter uma intervenção contínua com a criação de uma lei que proíba a publicidade de expor negativamente a imagem da mulher, assim como criar órgãos fiscalizadores para combater tal problemática. A partir disso, é possível construir uma sociedade mais justa e igualitária.