Enviada em: 30/04/2017

Em um mundo culturalmente machista, a obediência por parte das mulheres, por muitos homens, é vista como algo imprescindível. No entanto, essa submissão feminina, que aos poucos tem se perdido por conta da luta por direitos iguais, se torna perigosa e abusiva a partir do momento em que a mulher é tratada como objeto sexual.     No período colonial do território brasileiro, os colonizadores, com o pensamento de superioridade, se viam no direito de abusar sexualmente das índias --- que muitas vezes eram escravas sexuais. Pelo poderio bélico, escambo e teórica melhoria de vida dos nativos, os portugueses não se preocupavam com uma possível revolta das escravizadas.     Deixando claro o poder persuasivo --- muitas vezes inconsciente --- que a mídia tem sobre as pessoas, até mesmo um homem psicologicamente estável e que respeita os direitos e as vontades de sua parceira pode ser levado a objetificá - la. Em propagandas de bebidas alcóolicas, por exemplo, o “sexo frágil” é ridicularizado e apresentado com um “prêmio”. No cotidiano, conotações sexuais são verbalizadas às mulheres, deixando – as desconfortáveis e se sentindo abusadas.     Retomando a ideia de que o machismo está enraizado na cultura global, Immanuel Kant diz que o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Nesse segmento, educando a criança em casa a respeitar o próximo, independente do sexo e ideologia, a preocupação com possíveis futuros opressores tende a diminuir. Ao encontro das ideias propostas pelos pais e/ou responsáveis, é necessário uma maior rigidez na análise de propagandas televisivas, para que não influenciem negativamente às crianças, e até adultos.