Enviada em: 04/05/2017

Ao longo do processo de formação do estado brasileiro, entre os séculos XX e XXI, a objetificação da mulher na publicidade consolidou e tornou forte. Historicamente, em meados das décadas de 80 e 90, houve um aumento significativo nas propagandas envolvendo corpos femininos, esse discurso machista é exemplificado nos comerciais de televisão e nas redes sociais, com foco principal no consumo de bebidas alcoólicas e na venda de produtos em geral. Diante dos  fatos apresentados, dois problemas são de suma importância de ser apresentado: a coerção da figura feminina e as complicações decorrentes desse obstáculo social.     Segundo o sociólogo francês Émile Durkheim em sua teoria fundamentada no fato social, discorre que as maneiras de pensar, agir, e sentir são condicionados pela sociedade e que o indivíduo é forçado a seguir essa cosmovisão. De maneira análoga, o pensamento patriarcal domina as relações sociais existentes na atualidade, que reprimi e compele as mulheres a se adequar conforme a cultura padronizada vigente. A agência de propaganda Heads divulgou uma pesquisa sobre os temas que são transmitidos na televisão, os dados mostra que 28% dos personagens estereotipados, 14,91% são de figuras femininas erotizadas, que reforça a ideia comum do machismo presente no Brasil.    Para Simone de Beauvoir, "niguém nasce mulher, torna-se mulher", entretanto este cenário está cada vez mais longe de tornar realidade, visto que a imposição desse paradigma de superexposição da imagem de mulheres, contribui diretamente para problemas de cunho pessoal, profissional e político. Conforme a pesquisa do site EBC, 86% da população feminina brasileira sofreram assédio em público um dia, um dado alarmante que revela as profundas raízes dessa disparidade social na sociedade. Diante dos argumentos supracitados, medidas fazem-se necessárias para atenuar a problemática.    É indubitável negar a existência da objetificação da mulher no Brasil; Portanto, o Governo Federal deve investir na criação de projetos de leis para proteger a figura feminina, multas para os órgãos midiáticos que descuprirem e na elaboração de instituições de assistência as comunidades brasileiras, com palestras e cartilhas que vise a conscientização da população brasileira dessa afronta a integridade da mulher.