Enviada em: 05/05/2017

A luta contra a desigualdade de gênero está longe de acabar, isso se deve, entre outros fatores, ao uso da mulher na publicidade como objeto sexual. Desse modo, segundo Silva, "a propaganda tem um sentido político de divulgação de doutrinas" influenciando assim o modo submisso como a população feminina é vista perante a população. Na sociedade atual, as mulheres, em sua maioria, investem muito tempo e dinheiro em sua beleza, recursos que poderiam ser utilizados para outros segmentos como sua carreira profissional.         Nesse cenário, infelizmente, as mulheres são vistas como suporte aos homens e raramente conseguem posições de decisão. A classe política atual, nesse sentido, é um exemplo; as mulheres representam menos de 10% do total de deputados na câmara federal. Assim, apesar de comporem mais da metade dos eleitores elas não representam a mesma quantidade em cargos de decisão e destaque.          Ademais, a objetificação da mulher trabalhada na publicidade exprime a ideia de que elas servem para apresentar um produto usando seu corpo como objeto sexual. Nesse contexto, segundo Heldman isso ocorre "quando a individualidade das pessoas é retirada, e estas são exibidas pelo seu corpo". A mídia, dessa maneira, influencia as mulheres a cuidarem mais do próprio corpo visando ter aparência similar a da modelo.         Portanto, para a melhoria do cenário atual, são necessárias medidas para a mudança do uso da imagem da mulher na mídia. Outrossim, cabe ao governo fomentar soluções em consonância com a mídia intentando o fim do uso da imagem da mulher como objeto; como prevê o projeto de lei proposto pela deputada Erika Kokay que visa a multa aos meios que usarem dessa objetificação. Bem como, cabe à escola trabalhar a importância da mulher na sociedade através de aulas e palestras para que seja quebrado o paradigma de que a mulher é submissa ao homem.