Enviada em: 15/06/2017

Durante o século XIX, a segunda geração da literatura Romântica, no Brasil, idealizava a mulher perfeita: bela, angelical e inalcançável. Em nossa contemporaneidade, a figura feminina permanece de forma evidente nos trabalhos artísticos, desde comerciais à computação gráfica de videogames. Entretanto, essa exposição diverge opiniões e , por isso, é necessário a análise desses diferentes posicionamentos.       Em primeiro lugar, quem acusa a mídia, principalmente, de objetificar o corpo da mulher, argumenta que existe o estímulo à cultura do machismo. Os comerciais de bebidas alcoólicas são os maiores alvos das críticas sociais, geralmente por apresentarem mulheres semi-nuas a fim de conquistarem a atenção do público masculino. Ademais, os jogos eletrônicos também vêm recebendo questionamentos sobre o enredo e arte das personagens. Segundo alguns críticos, Super Mario Bros é um exemplo clássico desse cenário, visto que a recompensa ao final do jogo é a princesa. Também, jogos mais atuais preocupam-se em representar o corpo feminino com seus atributos físicos em detrimento de habilidades necessárias para o progresso na estória do jogo.       Por outro lado, defensores da liberdade individual, argumentam, fundamentados nas premissas Iluministas, que coibir a realização desses trabalhos caracteriza censura, já que o controle da mídia é comum em países ditatoriais. Consoante, não existem dados relevantes que relacionem a figura feminina em evidência com a suposta normatização do machismo na sociedade. Para eles, faz-se necessário dizer, ainda, que as mulheres contratadas para os comerciais, independente de sua finalidade, são estritamente profissionais e sabem como devem usar o seu próprio corpo, o que ratifica o empoderamento alcançado pelo movimento feminista.       Em favor de homeostase, portanto, a manutenção da liberdade é prioridade. A garantia de autonomia da mulher perante suas escolhas deve ser mantida pelo Estado, dessa forma terceiros não poderão tomar decisões que a privem de realizar qualquer atividade. Relativo às empresas de "games", elas terão direito a continuar com suas produções, desde que não incitem o estupro ou práticas violentas que denigram o gênero feminino. Por sua vez, o Ministério Público será responsável pela supervisão do conteúdo liberado por essas empresas no mercado, de modo que tenha poder em aplicar multas às quais não cumprirem a legislação. Charles Hughes, político norte-americano no século XIX, afirmou: "embora a democracia deva ter suas organizações e controle, o seu sopro vital é a liberdade individual."