Enviada em: 19/06/2017

A mulher foi posta a margem da figura masculina há seculos, vista como propriedade. Apesar das lutas do feminismo, movimento que luta pela igualdade de direitos, a contemporaneidade herdou diversas características sexistas, como a objetificação da mulher que se propaga principalmente pela publicidade, gerando problemas na visão da mulher.      A expressão da sexualidade feminina é usada de forma deturpada pela mídia. As propagandas costumam desconsiderar atributos emocionais e psicológicos, tratando o corpo da mulher somente um meio de agradar os homens. O resultado é a formação de esteriótipos com padrões de beleza irreais e, inclusive, a auto-objetificação, onde, a mulher, influenciada pelo que costuma ver nos meios de comunicação, acredita que sua função é somente satisfazer, gerando danos na autoestima.       Considerando os fatos, muitas empresas, como a Skol, tem buscado refazer sua imagem com base nas diversas críticas. Conhecida por usar mulheres seminuas, a empresa se redimiu ao contratar designers que refizeram suas antigas propagandas, buscando o empoderamento feminino. Entretanto, diversas outras marcas continuam criando um meio de propagação do machismo. Reconhecendo a problemática, nos Estados Unidos existe uma iniciativa chamada "The Representation Project" que analisa o tratamento dado à mulher pela mídia. Infelizmente, esse projeto é um caso isolado, uma vez que a sociedade, em geral, dá pouca importância para o tema, por acreditar ser inofensivo.       Essa objetificação tem origem em um pensamento machista. Sendo assim, além da conscientização dos responsáveis pelo marketing das empresas, é preciso que o sexismo, na sociedade em geral, seja extinguido. Para isso, os meios de comunicação devem dar maior força aos movimentos feministas, ajudando-os a pressionar as empresas e a conscientizar as pessoas sobre a existência do problema. No campo individual, cabe a cada um questionar as instituições que se valerem da sexualização feminina para vender seus produtos.